sexta-feira, 29 de julho de 2016

Trio em Dobro

A Wizards não nos deixou esquecer: eles vem em três. Foi assim em Ascensão dos Eldrazi e seria assim novamente. Os dois primeiros chegaram no bloco de Juramento das Sentinelas, mas o terceiro não tardaria muito. Em Lua Arcana, fechando novamente o ciclo dos titãs Eldrazi, Emrakul mostrou sua face, para a alegria, ou tristeza, de muitos.

Então, sim, temos seis espécimes das mais antigas e poderosas criaturas do multiverso para brincar um pouco. Cada versão tem sua peculiaridade e, obviamente, há semelhanças e diferenças a serem notadas.

Uma semelhança óbvia é o poder e resistência. Todos eles são incrivelmente fortes, sendo que o mais fraco tem um corpo 10/10. Outra bastante evidente é o custo de mana. Trazer um desses bichões para o jogo era difícil antes e continua assim. O CMC mais baixo entre eles é de 10, que é um monte.

As diferenças também são facilmente notáveis. Nada mais de embaralhar todo o cemitério de volta no grimório quando um dos titãs é colocado lá. Isso pode ser bom ou ruim. Por exemplo, reanimar um dos novos a partir do cemitério é um plano de jogo bem crível e poderoso. No entanto, se você tiver uma única cópia que foi parar lá, alvo de descarte talvez, é bom ter algo que o traga de volta, como o Comando de Kholagan ou o Elixir da Imortalidade.

Aniquilador, a mecânica mais característica dos Eldrazi, que limpa campos inteiros com poucos ataques, é outra coisa que se foi. Ela é considerada poderosa demais para os padrões atuais, mesmo se fosse usada somente nos titãs.

Então, já que estão todos aí, vamos rankeá-los!

6) Kozilek, a Grande Distorção: comparar os Kozikeks acaba chegando ao ponto de decidir se é melhor poder anular mágicas ou aniquilar o campo do oponente e eu acho que o impacto no campo de batalha acaba ganhando.

5) Kozilek, Carniceiro da Verdade: o custo de mana mais baixo e sem restrições quanto ao incolor, além de Aniquilador 4. Bem poderoso.

4) Ulamog, o Vórtice Infinito: meu titã Eldrazi favorito é o grande Ulamog e em sua versão antiga ele foi o único a se estabelecer em um deck Tier 1, o Tron. Ele é indestrutível, entra impactando o campo, destruindo uma permanente , e tem, é claro, Aniquilador 4.

3) Ulamog, a Fome Interminável: para mim ele é um claro avanço da versão anterior. Custa um a menos de mana, o que faz diferença, e entra com maior impacto exilando duas permanentes. Não aniquila o campo do oponente, como já sabemos, mas aniquila seu grimório 20 cartas a cada ataque. Continua indestrutível e é um bom alvo, melhor que o Kozilek, para reanimação. Uma delícia.

2) Emrakul, o Fim Prometido: mesmo com a mudança nas regras de efeitos Escraviza-mentes, a grande mãe está acima dos outros titãs nessa versão. Tem um custo de mana menor que pode ser reduzido para até 5 de mana, com muito esforço, é verdade, mas é tecnicamente possível, e perdeu um pouco de poder/resistência. Ainda voa, atropela e se protege bem.

1) Emrakul, o Fragmento dos Éons: a grande e velha mãe repousa no topo como não somente o melhor titã Eldrazi, mas possivelmente a melhor criatura em todo jogo. Não pode ser anulada, tem proteção contra tudo que é mágica colorida e voa, ou seja, é quase intocável. Aniquila incríveis 6 permanentes do oponente ao atacar. Te ganha um turno extra assim que é conjurada, entrando ou não no campo de batalha. É colocar em campo e partir para o abraço.

Esses são todos, por enquanto. Quem sabe quando teremos mais?

E você, tem algo a dizer sobre os nossos titãs? Comentários de jogo, histórias engraçadas, lições aprendidas? E qual seu titã favorito? Sinta-se livre para usar nossa seção de comentários. Obrigado pela leitura.

Thiago Metralha 

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Melhores com a Lua

Hoje é o dia do lançamento oficial de Lua Arcana e as cartas finalmente podem chegar às mãos dos jogadores que não participaram do pré-lançamento. Ao mesmo tempo todos já estão se preparando para o Pro Tour, que acontece daqui a duas semanas, testando decks, opções de cartas, planos de sideboard e de olho nos torneios que antecedem o evento. Vendo o que pode ter melhorado com esse lançamento. 

Indo pelas tribos, os Espíritos ganharam um grande upgrade em poder bruto, sinergia e jogabilidade. Com a entrada de Supressor de Mágicas e Espírito Autruísta juntando forças ao conhecido Sacode-correntes essa tribo tem potencial para saltar ao nível antes exclusivo dos Humanos. Espíritos são as novas Fadas, é o que dizem. 

Usando o Supressor e o Errante para conter qualquer ameaça e a mecânica Flash para conseguir dominar o oponente em seu próprio turno, o deck consegue obter uma pressão muito grande, fazendo com que você esteja sempre um passo a frente do oponente. Além disso ainda se pode usar criaturas não espírito, como Mago Refletor e Arcanjo Avacyn, que combinam muito bem com a tribo e podem surpreender. 

Os Humanos não foram o foco principal de Lua Arcana, mas receberam sim alguma ajuda, sendo que uma carta sozinha é uma fantástica adição à tribo, Thalia, Cátara Herege. Além dela Ginete Solitário e o reprint de Capitão do Povoado complementam um deck que já estava no topo do formato, e assim deve continuar. 

Na verdade, a nova Thalia chega para melhorar alguns dos melhores decks do formato. Bant Company, Bant Humans e White Weenie estarão muito felizes com a adição. 

Saindo um pouco do Bant, surgiu uma jóia onde poucos esperavam. O companheiro perfeito para o Regente do Ataque Fulminante, Dragão Asa-de-Espelho. A carta é ótima, não apenas para sua tribo, mas o que é muito interessante é que ele é a ferramenta perfeita para a construção de um Mono-Red Dragons, que, por sua vez, pode tirar vantagem de todas as cartas de dano vermelhas. No entanto, se você estiver interessado nesse tipo de construção, é bom se apressar, Dragões de Tarkir logo vai sair do formato. 

A cor que ainda nos falta é o preto e nessa cor a tribo mais beneficiada por Lua Arcana é claramente os Zumbis. Fugitivo da Cripta, Elite de Liliana, Gisa e Geralf, além da própria Liliana e seu Juramento, são inserções importantes e podem ajudar o tão especulado na última coleção, Morto Persistente, e o um pouco menos comentado, Colosso do Cemitério do Terror, a ter algum impacto no formato. 

Finalmente saindo das tribos ainda tenho mais dois destaques que acho apropiados. O primeiro deles e à mecânica Delírio, a qual apreciei muito no Limitado, mas não pegou no Construído. 

Atravessar Ulvenwald e Demônio Arruína-mente tinham grande potencial de causar estrago, mas não tinham o suporte necessário. Esfolador Macabro e Ishkanah, Viuva-do-Cemitério podem mudar essa perspectiva e dar um gás nessa mecânica tão interessante. 

Por último, um novo destaque ao Bant que ganhou suporte a suas principais estratégias e tem margem para expandir ainda mais sua dominância. Além disso ganhou em Tamiyo, Pesquisadora de Campo uma planinauta muito poderosa que espero ver muito ainda no Standard e também no Modern. 

E isso só um breve e superficial resumo do que pode ou não ter se beneficiado desse lançamento. Ainda temos muito tempo para desenvolver o Metagame e criar construções e muitos torneios para testá-las. 

E você, o que espera desse Standard? Qual tribo você acha que sairá ganhando? Que outra carta ou mecânica você acha que melhorou? Sinta-se livre para usar nossa seção de comentários. Obrigado pela leitura. 

Thiago Metralha 

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Interações Arcanas

Já estamos novamente nessa época. Amanhã é dia de pré-lançamento de mais uma coleção, essa fechando o bloco de Sombras de Innistrad, Lua Arcana. E o mais uma coleção se tornando legal significa um monte de cartas entrando no jogo, o que leva a infinitas interações que surgem em variados formatos. Então vamos ver de onde você pode tirar algum valor ao construir decks usando as cartas de Lua Arcana. 

A primeira interação a entrar na lista é uma das mais evidentes e mais comentadas durante a temporada de spoilers. Estou do combo Árvore da Perdição + Triscaidecafobia. 

Essa foi uma inversão muito interessante com a Árvore da Redenção da antiga Innistrad, e claro que sempre haverá alguém para testá-la no Modern, mas se lembrem que não dá para zerar a resistência da Árvore no combo.

A próxima interação também é um combo que lembra uma carta antiga, Doar. Oferta Inofensiva com seu gatinho fofinho pode te ganhar muitos jogos, basta saber o que oferecer, e no Standard a melhor oferta tem o nome Pacto Demoníaco. 

Enxerto do Suturador fortalece suas criaturas em +3/+3 por incríveis 1 de mana para baixar e 2 para equipar. É claro que o revés da carta tinha que ser considerável - e é, não poder desvirar a criatura é um grande atraso. Sorte nossa que temos uma criatura com Vigilância que está dominante no formato, assim como sua cor, o Advogado Silvestre. 

O equipamento deixa uma criatura que já é bem forte ainda mais, e quando você alcançar o sexto terreno terá em campo uma criatura 7/8. Bem impressionante pelo investimento de apenas 4 de mana para baixar as permanentes e equipá-las. 

Todos os jogadores sabem que conseguir uma troca 2 por 1 é vantajoso, e fazer isso o mais rápido possível pode significar vitória. Mas e se eu te dissesse que dá para fazer uma troca 5 por 2? E melhor, no terceiro turno! 

Esse é o resultado da interação entre Protótipo Lupino e Pensamentos Atormentados. O Lupino desce no turno 2 e no terceiro você pode fazer o oponente descartar 5 cartas.

Víndice dos Boros foi uma ótima carta no Standard do bloco de Retorno à Ravnica, para alguns o melhor drop 3 da época, mas no Modern foi relegado a alguns Red Deck Wins e combos de vida infinta azarões. No entanto uma carta Lua Arcana pode mudar isso, e essa carta é Ira de Nahiri.

Com a combinação das cartas você pode descartar sua mão em dano ao Víndice e redirecionar em letal para o oponente.

E para finalizar vamos à mecânica Emergir, que poderia ter um livro só para ela e suas interações. Ela cai muito bem nos decks de sacrifício, como já dito aqui, tanto no Standard quanto no Modern, com Degolador de Zulaport e Artista de Sangue no auxílio. No Standard ainda há o Remoldador da Matéria, que funciona bem como ferramenta de sacrifício.

Além disso em Lua Arcana mesmo saiu a carta perfeita para interagir com a mecânica, Emissário Hediondo. Com ele você consegue vantagem em cartas e também no campo de batalha, com um Eldrazi emergido e uma ficha como bônus.

E essas são algumas das interações presentes nessa nova coleção. O que você está achando dela? O que espera nos decks? Alguma outra interação digna de nota? Sinta-se livre para usar nossa seção de comentários. Obrigado pela leitura.

Thiago Metralha 

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Óbvio é o Mal Supremo

É oficial, amigos jogadores de Magic. O mal em Innistrad, quem enlouqueceu humanos, anjos, planinautas e vampiros, levando ao fim de nossa preciosa Avacyn, distorceu um plano de horror a um nível grotesco, o segredo que Jace buscava revelar, o instrumento da vingança de Nahiri contra o vampiro e planinauta milenar Sorin Markov se revelou. Emrakul, o ser mais temido do multiverso, chegou a Innistrad. E isso é meio que desapontador.

É claro que todos já ao menos imaginavam isso desde o primeiro pedaço de história de Sombra de Innistrad. As pistas não nos deixou esquecer que eles vieram em três. E, é claro, Nahiri, com seu ultimate maravilhoso que está sendo muito usado no Modern para buscar sabe quem? Isso mesmo.

Quando anunciaram o novo paradigma do Standard algum tempo atrás eles nos disseram que a mudança permitiria à equipe explorar mais locais pelas histórias, às equipes de desenvolvimento fazer sets pequenos sem que eles fossem muito ruins, como se via antes, e também deixaria mais fácil ter blocos de retorno. Isso pareceu ótimo, era, e é, o que nós queríamos.

Na primeira oportunidade já recebemos um retorno à Zendikar, que foi muito bom. As duas coleções se complementaram bem e eram boas em sua individualidade. O Metagame do Standard se adaptou muito rapidamente à história contada e logo vimos decks baseados nas Sentinelas enfrentando os decks baseados em Eldrazis pelos mesões e também competições. É claro que houve deslizes, como o polêmico símbolo para incolor e o Inverno Eldrazi no Modern, mas, em geral, o bloco trouxe boas experiências, principalmente no Standard, que foi o foco da coisa toda.

Logo depois um retorno à Innistrad foi anunciado com Sombras de Innistrad. Innistrad era um dos sets recentes mais amados pela comunidade Magic e todos já esperavam, e estavam ansiosos, pelas mudanças. A história contada seria um mistério com delírios, loucura e várias de nossas tribos preferidas, saindo do foco de Super Amigos Sentinelas contra Super Ameaça Eldrazi. E o Standard seguiu essa linha, com Investigação e suas pistas cavando seu espaço nos decks, os tribais ressurgindo, os humanos estiveram mais fortes, mas várias construções em volta dos lobisomens, vampiros, espíritos e zumbis também foram testadas, e o cemitério voltando a ter mais importância. E foi ótimo ver isso acontecer, essa mudança significa que tanto a equipe de Design quanto a de Desenvolvimento das coleções estão tendo sucesso em contar a história, o que é ótimo para o jogo. Dá a sensação de que nós estamos mesmo vivendo e jogando a história do Magic, somos mais do que espectadores.

No entanto, aí vem Lua Arcana. Agora sabemos que a fonte do mal em Innistrad não é nada mais nada menos do que a Ameaça Eldrazi. As Sentinelas já estão em posição de batalha e até recrutaram uma nova planeswalker para sua causa, Liliana. E assim o ambiente Super Amigos Sentinelas contra Super Ameaça Eldrazi está de volta, num passe de mágica.

Isso nos levanta a dúvida: será que a história será sempre essa? Sempre teremos os Super Amigos contra uma ameaça maior? Quem será da próxima vez? Phyrexia? Nicol Bolas? É isso que queremos? Em vez de nos contar duas histórias em dois blocos de duas coleções, eles decidiram que o primeiro movimento nesse paradigma seria contar uma história só com as quatro coleções dos dois blocos consecutivos. Tomara Khaladesh seja mais que apenas o próximo capítulo de Sentinelas VS Eldrazis. Se isso acontecer eu seriamente estarei pensando em Theros com nostalgia.

Mas, antes que pensem errado, Emrakul é ótima. O Fim Prometido fazendo referência a uma lendária carta antiga, Escraviza-Mentes, assim como o Aeons Torn fazia a Time Walk é muito legal. A Liliana entrando para as Sentinelas, ainda que siga seus próprios interesses acerca do Véu, e Gideon e companhia lutando lado a lado com zumbis é brilhante. As tribos também não foram abandonadas, temos um novo lobisomem lendário, muitos zumbis, horrores á vontade e uma tonelada de espíritos. E, caras, nós ganhamos uma nova Thalia!

No entanto, e se não fosse a resposta óbvia? E se essa fosse mesmo a vez dos Phyrexianos? As distorções do plano sendo partes de alguma nova técnica, mais um plano tomado e a Lua de Prata sendo a escapada final. Poderia mesmo ser Bolas e Tezzeret com seus experimentos etéreos. Uma batalha épica entre os lados do bem e do mal da centelha. Poderia até ser um personagem esquecido, tomado como morto, ressurgindo, afinal, como nos quadrinhos, as mortes não tem que ser definitivas, tem? Desde que contem uma boa história, eu digo que não.

O que realmente incomoda é o fato do óbvio ser o correto com tantas possibilidades e um multiverso tão vasto para cobrir as lacunas. Uma história de mistério em que o culpado é o suspeito número um é menos do que queremos e do que esperamos, e isso nos desaponta.

Os spoilers de Lua Arcana já foram totalmente divulgados e agora só aguardamos o pré e o lançamento para poder jogar com as novas cartas. E você, o que achou da coleção, do design, das artes, das mecânicas, da história? Sinta-se livre para usar nossa seção de comentários. Obrigado pela leitura.


Thiago Metralha

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Tudo em Verde e Branco

Já estamos na temporada de spoilers da próxima coleção de Magic, a ser lançada daqui a apenas duas semanas, Lua Arcana. Emrakul já fez sua entrada, Liliana promete muito pelo trailer da coleção e hoje mesmo uma nova Tamyio deu as caras. No entanto, antes de me permitir mergulhar de vez nesse lançamento, há que fazer considerações acerca do Standard que estamos deixando para trás, o Standard de Sombras de Innistrad.

Para começar podemos dizer que tivemos um Standard bem divertido e diverso. Os jogadores tentaram mesmo se reinventar e dar uma mexida no Metagame com decks de variadas tribos, arquétipos e estratégias. Vimos muitos exemplos de listas control, tempo, combo, tribal de Humanos, tribal de Vampiros, sacrifícios, midrange, monocoloridos, de duas cores ou de três cores. Realmente, diversidade se teve nessa temporada.

No entanto, toda essa diversidade não foi bem distribuída como o desejado e nem tudo teve chance de brilhar sob os holofotes. Já nas primeiras semanas de Standard a chave do sucesso foi descoberta e, uma vez descoberta não mudou muito no desenvolver do formato. Os jogadores perceberam que o Verde e o Branco eram as melhores cores do formato, com as melhores cartas do formato, e que se completavam sinergisticamente de uma forma incrível. O Metagame continuou diverso e mutável, mas lutando pelas posições baixas, com cada outro deck de outras cores tentando cavar seu espaço, que, às vezes, não passava de uma semana em sequência. Enquanto isso quem optou por Selesnya observava tudo do topo. Rito do Capitólito, Humanos Aggro, Grixis Control, UR Eldrazi e WB Control foram alguns dos decks que despontaram, mas nenhum deles foi capaz de tirar os GW de suas posições privilegiadas.

A dois decks com base Selesnya se resumiu o melhor desse formato, os dois usando as melhores cartas que se podia encontrar e ainda assim totalmente diferentes. Enquanto um usa Companhia Coletiva como parte central, o outro usa a sinergia de Planeswalkers para ganhar o jogo. Estou falando dos decks GW Tokens e Bant Company.

GW Tokens foi um deck muito bem resolvido e desenvolvido neste período. Ao final, já usava incríveis 51 espaços travados em sua estratégia, deixando apenas 9 para a criatividade do jogador. Foi com certeza o melhor deck do formato, ganhando mais torneios e levando mais jogadores ao topo de Grand Prixes, Abertos e Invitacionais do que qualquer outro teve chance.

Já o Bant Company foi numa tomada muito diferente. Com muito mais flexibilidade nas construções ele permitiu que os jogadores variassem muito de estilo, o que adicionou um tempero às partidas mirrors. Enquanto já se sabia a melhor versão do GW Tokens há muitas semanas, o Bant Company continuou em discussão até o final. O deck, embora não tenha ganhado muitos campeonatos, foi o que cravou mais jogadores entre os Top 8 de competições.

As vitórias que esses dois decks conquistaram foram centradas em dois pilares principais, sendo o primeiro deles Vantagem de Cartas e o segundo o poder das remoções.

Antes um domínio completo do Azul, neste Standard o Verde quem reinou neste território. Cartas como, Nissa, Vidente da Matavasta, Rastreador Incansável e Companhia Agrupada são cartas muito poderosas que, ao mesmo tempo em que davam Vantagem de Cartas ao controlador, desenvolviam o plano de jogo e o estado do campo de batalha. Além disso, são extremamente versáteis e úteis seja no começo, meio ou fim do jogo.

Branco sempre foi uma ótima cor de apoio, mas as remoções mais memoráveis sempre pertenceram ao Preto. Não nesse Standard. O Branco tem acesso a cartas como Declaração em Pedra, Envolver em Seda, Armadilha Estática, Irrupção Planar e Arrogância Trágica. Quaisquer ameaças, que vão de Ormendhal a Kytheon passando por Eldrazis, como Arrebentador da Realidade e Rompe-Mundos, têm uma resposta preparada, o que torna os decks muito eficientes e resilientes.

Juntando esses dois fatores atingir a dominância no formato foi só mais um passo óbvio. Estratégias como, superagressividade, combo, e ramp, que serviriam para dar um equilíbrio no formato, pressionando os decks com cartas muito fortes ou muito rápidas, foram postas sob controle.

Para finalizar esse olhar sobre os dois melhores decks dessa temporada, temos os dados colhidos de dois GPs que usaram o Standard como formato, o GP Pittsburg e Taipei, que aconteceram faz pouco tempo.

Juntando os dois Tops 8, temos incríveis 87,5% dos decks sendo Bant Company ou GW Tokens. 10 eram Bant Company, 5 GW Tokens e os outros dois eram um RG Ramp e um Sultai Midrange. Estes números mostram uma dominância opressiva do formato.

Com o lançamento de Lua Arcana nenhuma coleção deixará o Standard, então esses decks continuarão vivos e serão os melhores decks na semana 1 do novo Standard. Talvez a nova coleção traga o Standard para uma nova direção em cores e estratégias ou talvez somente a rotação em setembro o faça. Vamos esperar para ver.

E você, o que achou dessa temporada do Standard? Está acompanhando os spoilers? O que está achando do que já foi revelado? Sinta-se livre para usar nossa seção de comentários. Obrigado pela leitura.

Thiago Metralha