Os Pro Player nos traíram. Pode não ser para tanto, mas os resultados do Pro Tour Battle for Zendikar foram, no mínimo, decepcionantes. Não que a qualidade dos jogadores tenha caído de Origins para cá, o PTBFZ teve grandes jogos em alto nível. O ponto é que pouco do novo set foi usado no Pro Tour e quem, assim como eu, esperava ver as novas cartas sendo jogadas lindamente com decks inovadores, que mostrariam o valor de BFZ, queimou a língua.
As estatísticas lançadas pela Wizards mostram que o PTBFZ foi baseado em três pilares: o Atarka Red, o Jeskai Black e o GW Megamorph. Juntos esses decks somam mais de 50% dos jogos do PT. Entretanto, todos estes, e quase todos os decks que apareceram no PTBFZ, compartilham a característica de serem baseados nas coleções e blocos lançados anteriormente, Magic Origins e o bloco de Tarkir, e apresentarem poucas cópias de cartas de BFZ.
A começar pelo Atarka Red, o deck mais jogado no Pro Tour, avaliado como o pior dos pilares. A variação com maior êxito desse deck, jogada pelo brasileiro Paulo Vitor Damo da Rosa, que alcançou oitavo lugar, usa, com exceção de terrenos básicos, apenas três cópias de cartas de Battle for Zendikar, sendo que uma, Terra Fervente, está no sideboard. As outras duas cartas de BFZ do deck são duas cópias do terreno Clareira das Cinzas.
No intermédio temos o Jeskai Black. Este deck é o que, entre os pilares, pode apresentar mais variação de um jogador a outro, mas vamos ver sua variação mais vencedora, jogada por Jon Finkel, quarto lugar. Nele podemos destacar Pária Mestre de Dragões e Delir e também vemos o uso de três das Battle Lands. Também é importante que se note as Chamas Radiantes do sideboard.
O último pilar, GW Megamorph, com maior taxa de conversão no PT, entre os pilares, teve seu maior êxito pelas mãos de Ricky Chin. Rick conseguiu oitavo lugar na competição jogando com quatro Gideon, Aliado de Zendikar, e três Vista do Dossel.
Tomando por base estes dados podemos, numa análise simples, ver que o grande valor de BFZ nas decklists em geral foram o grande auxílio que as Battle Lands dão ao se construir a base de mana do deck, argumento fortalecido pela presença de apenas um deck monocolorido no PT, um Mono-Red.
No entanto, sim, alguns aventureiros se arriscaram com decks baseados na nova coleção. Podemos destacar dentre eles o R/G Landfall, o deck com a maior taxa de conversão entre todos os outros neste Pro Tour. O deck que, é claro, utiliza a mecânica Aterragem como principal ferramenta, não teve seu sucesso notado por ter aparecido muito pouco, ou nada, na cobertura feita pela Wizards e por não ter alcançado o Top 8.
Também não podemos deixar de falar do deck 5c Bring to Life, que, infelizmente, foi um completo fiasco na competição, mas mostra o desejo dos jogadores de flexibilizar cada vez mais as bases de mana na construção dos decks, mesmo no Standard.
Outro deck importante a comentar é o solitário BG Eldrazi, de Vitoriano Lim. Este foi marcado por, simplesmente, tentar jogar com Eldrazis, mas teve pouca sinergia para alcançar o Top 8, terminando com uma performance de 7-3.
Kazuyuki Takimura foi o grande vencedor do PTBFZ |
O último deck a comentar é o deck campeão do PTBFZ, jogado por Kazuyuki Takimura, o Abzan. O deck teve um Dia Um ruim, com conversão de apenas 56% dos jogadores, e no Dia Dois teve uma leve recuperação, mas não ficou além da média dos decks. O que realmente fez a diferença, neste caso, foram as performances excelentes de dois jogadores, Paul Dean, além do própio Takimura.
Falando das cartas individualmente também fomos decepcionados. Apenas três das 25 cartas mais jogadas que não são terrenos pertencem à Battle for Zendikar, que são Gideon, Aliado de Zendikar, Chamas Radiantes, e Delir. A carta de BFZ vencedora do Pro Tour foi, com certeza, o Gideon, aparecendo em 39 decks e disputando com Jace o posto de melhor planeswalker. O posto de perdedor de BFZ ficou com o todo poderoso e boladão Ulamog, a Fome Interminável, aparecendo apenas com cinco cópias entre todos os decks. Será esse um sinal?
O PTBFZ foi o Pro Tour menos inovador dos últimos anos e estabeleceu que Batalha por Zendikar, pelo menos até que o bloco de Tarkir saia do formato, não é uma boa coleção para campeonatos. Este Pro Tour foi menos de Batalha por Zendikar do que deveria.
E você, o que achou do PTBFZ? Deixe seu comentário!
Thiago Metralha
Não acompanho o formato T2, jogo pauper, mas curti pakas o post
ResponderExcluirValeu
Valeu, cara! Pauper é um formato muito massa, em breve deve aparecer por aqui.
ExcluirThiago Metralha
Legal, se precisar de um apoio estamos ai
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