No vídeo de hoje analisamos o Limitado de Dominária pré Pro Tour pelos resultados dos GPs do formato.
quarta-feira, 30 de maio de 2018
sexta-feira, 25 de maio de 2018
O Magic no Oriente
Desde o dia de anúncio de semana passada já aconteceu muita coisa. A comunidade se empolgou com o retorno do retorno a Ravnica, nós tentamos entender melhor a controvérsia da política de cartas promocionais e a temporada oficial de spoilers de Battlebond já começou e chegou ao fim. No entanto, o anúncio de um novo produto, Global Series: Jiang Yanggu & Mu Yanling, quase não foi comentado, até mesmo ignorado, mas, se olharmos para o grande esquema das coisas ele representa muito para o futuro do Magic: the Gathering.
Um novo produto
O produto em si não é nada demais, com a exceção de algumas peculiaridades. Representando a cultura e a mitologia da China traduzida ao Magic, Mu Yanling e Jiang Yanggu são planinautas canônicos, o que significa que podem aparecer eventualmente em enredos futuros, que encabeçam cada um seu respectivo decks, a serem lançado em 22 de junho. Os decks serão, de fato, muito similares aos Decks de Planeswalker lançados com cada coleção que chega ao Standard. Foram criados para serem produtos introdutórios ao jogo e não orientado para serem usados em torneios sérios.
A peculiaridade do produto advém justamente de sua legalidade em torneios. As cartas dos decks de Yanling e Yanggu serão legais em Vintage e Legacy, no Standard somente na China, e não serão legais em Modern, como são seus análogos de cada coleção. Essa legalidade regional pegou os jogadores de surpresa, mas foi justificada com o intuito de permitir os consumidores alvo do produto, novos jogadores falantes de Chinês, usar suas cartas em eventos sancionados locais, como o Friday Night Magic. Além disso, produto será lançado em Inglês e Chinês Simplificado.
A Wizards já lançou alguns produtos parecidos no passado. Não podemos nos esquecer da coleção Portal Três Reinos. O set literalmente se passa na China antiga e contém 180 cartas que contam o momento histórico do famoso épico Três Reinos, que tem tanta importância na Ásia quanto os épicos homéricos têm no ocidente. Todas as citações nas cartas, a não ser que indicadas de outra forma, foram retiradas do épico e a arte da coleção foi feita completamente por artistas chineses. Portal Três Reinos foi impresso em Japonês, Chinês Simplificado, Chinês Tradicional e Inglês.
A Wizards já lançou alguns produtos parecidos no passado. Não podemos nos esquecer da coleção Portal Três Reinos. O set literalmente se passa na China antiga e contém 180 cartas que contam o momento histórico do famoso épico Três Reinos, que tem tanta importância na Ásia quanto os épicos homéricos têm no ocidente. Todas as citações nas cartas, a não ser que indicadas de outra forma, foram retiradas do épico e a arte da coleção foi feita completamente por artistas chineses. Portal Três Reinos foi impresso em Japonês, Chinês Simplificado, Chinês Tradicional e Inglês.
A empresa também já tentou estratégia similar especificamente no Japão, com o relançamento do Duel Deck: Jace vs Chandra localizado com artes inéditas para os dois planinautas, estilizadas no estilo Anime/Mangá ilustradas por Yoshino Himori, e cartas em japonês. Na época a Wizards chegou a até lançar um mangá que contava a história do romance O Fogo Purificador, história de origem de Chandra, ilustrado pelo mesmo artista das cartas de Jace Beleren e Chandra Nalaar e publicado pela revista Dengeki-Maoh.
Símbolo da coleção Portal Três Reinos, representando o caractere chinês para o 3. |
Um novo mercado
Então, numa primeira análise, o lançamento de Global Series: Jiang Yanggu & Mu Yanling parece ser uma tentativa da Wizards de atingir o mercado asiático, em especial o que fala Chinês. Entretanto, o lançamento desse produto é apenas um pequeno e mais visível passo que a Wizards dá nesse sentido.
No dia 23 de abril deste ano a Wizards publicou o anúncio de uma parceria com a empresa Tencent para levar o Magic Arena e outros jogos futuros para a China. Se você ainda não conhece a Tencent, ela é a maior empresa de investimentos do mundo, uma das maiores no ramo de internet e tecnologia e, com a Tencent Games é a empresa mais valiosa no ramo de jogos e mídias sociais. Seu valor de marcado atinge os US$580 bilhões e é a empresa mais valiosa em toda a Ásia.
O acordo entre a Wizards e a Tencent inclui a publicação digital exclusiva de seus jogos em plataformas mobile, PC e consoles, e também transmissão exclusiva de eventos de E-sports, na China, Tailândia, Vietnã, Indonésia, Filipinas, Malásia, Cingapura, Myanmar, Camboja, Laos e Brunei.
Todos esses países representam uma fatia de mercado de jogos que só cresce e se torna mais relevante no cenário mundial de jogos a cada dia que passa e que a Wizards nunca foi capaz de atingir, mas que agora a Tencent pode entregar diretamente nas mãos a mais promissora aposta para o crescimento do Magic, que é o Magic Arena.
Digo isso dado que os números de crescimento e lucro do Magic têm sido mais tímidos, o que é esperado, já que o jogo já passou por uma fase de crescimento muito grande que começou em 2014 e, mesmo que o mercado de jogos de cartas no ocidente não esteja saturado ainda, há cada vez menos público que ainda não foi impactado pelo Magic: the Gathering.
Assim, uma plataforma digital amigável e bem construída pode reabastecer o público de Magic no ocidente e a parceria com a Tencent representa centenas de milhões de potenciais jogadores que nunca antes tiveram contato com a marca no oriente que podem fortalecer o Magic Arena como uma plataforma digital e também inflar os números do Magic como um todo.
A China já tem muitos jogadores de Magic talentosos. Sua equipe na Copa do Mundo de 2017, formada por Lu Chao, Liu Yuchen e Gao Tan, chegou às quartas-de-final da competição, derrotada pela Itália. Agora, imagine que o Magic fosse um jogo de relevância no país. Ou na Tailândia, Cingapura, Indonésia e outros. Como isso transformaria o evento e a cena profissional do Magic. Imagine a grandiosidade de um GP Pequim se jogadores de todas as partes de um país continental como a China viajassem para competir em alto nível. Esses são apenas detalhes de como a entrada do mercado asiático transformariam o jogo que jogamos.
Por outro lado, imagine que a parceria Wizards-Tencent não se torne frutífera, que o Magic não vingue em terras orientais. A Wizards e a Hasbro estarão muito pressionadas em impulsionar o crescimento de uma marca com um mercado cheio. As esperanças do Magic podem depender apenas do Magic Arena e outras plataformas digitais e, em cenários desse tipo, erros pequenos podem custar muito e, num caso extremo, significar o fim da Wizards e, consequentemente, do Magic: the Gathering.
Ainda temos muitos anos pela frente antes que qualquer um desses cenários se torne verdade e estaremos atentos a todos os passos da Wizards nessa caminhada. Enquanto isso devemos aproveitar o Magic como jogo e celebrar cada novo jogador que se une a nós nessa jornada.
E você, o que acha dessa nova tentativa da Wizards de alcançar a Ásia? Acha que o Arena será a salvação do Magic? Você sente que o mercado de jogo de cartas está saturado? Qual sua opinião sobre este novo produto, o Global Series? Sinta-se livre para usar nossa seção de comentários. Você também pode nos alcançar na página, email (artesaosdomagic@gmail.com) ou twitter (@artesaosdomagic). Obrigado pela leitura.
No dia 23 de abril deste ano a Wizards publicou o anúncio de uma parceria com a empresa Tencent para levar o Magic Arena e outros jogos futuros para a China. Se você ainda não conhece a Tencent, ela é a maior empresa de investimentos do mundo, uma das maiores no ramo de internet e tecnologia e, com a Tencent Games é a empresa mais valiosa no ramo de jogos e mídias sociais. Seu valor de marcado atinge os US$580 bilhões e é a empresa mais valiosa em toda a Ásia.
O acordo entre a Wizards e a Tencent inclui a publicação digital exclusiva de seus jogos em plataformas mobile, PC e consoles, e também transmissão exclusiva de eventos de E-sports, na China, Tailândia, Vietnã, Indonésia, Filipinas, Malásia, Cingapura, Myanmar, Camboja, Laos e Brunei.
Todos esses países representam uma fatia de mercado de jogos que só cresce e se torna mais relevante no cenário mundial de jogos a cada dia que passa e que a Wizards nunca foi capaz de atingir, mas que agora a Tencent pode entregar diretamente nas mãos a mais promissora aposta para o crescimento do Magic, que é o Magic Arena.
Digo isso dado que os números de crescimento e lucro do Magic têm sido mais tímidos, o que é esperado, já que o jogo já passou por uma fase de crescimento muito grande que começou em 2014 e, mesmo que o mercado de jogos de cartas no ocidente não esteja saturado ainda, há cada vez menos público que ainda não foi impactado pelo Magic: the Gathering.
Assim, uma plataforma digital amigável e bem construída pode reabastecer o público de Magic no ocidente e a parceria com a Tencent representa centenas de milhões de potenciais jogadores que nunca antes tiveram contato com a marca no oriente que podem fortalecer o Magic Arena como uma plataforma digital e também inflar os números do Magic como um todo.
Os futuros possíveis
A China já tem muitos jogadores de Magic talentosos. Sua equipe na Copa do Mundo de 2017, formada por Lu Chao, Liu Yuchen e Gao Tan, chegou às quartas-de-final da competição, derrotada pela Itália. Agora, imagine que o Magic fosse um jogo de relevância no país. Ou na Tailândia, Cingapura, Indonésia e outros. Como isso transformaria o evento e a cena profissional do Magic. Imagine a grandiosidade de um GP Pequim se jogadores de todas as partes de um país continental como a China viajassem para competir em alto nível. Esses são apenas detalhes de como a entrada do mercado asiático transformariam o jogo que jogamos.
Por outro lado, imagine que a parceria Wizards-Tencent não se torne frutífera, que o Magic não vingue em terras orientais. A Wizards e a Hasbro estarão muito pressionadas em impulsionar o crescimento de uma marca com um mercado cheio. As esperanças do Magic podem depender apenas do Magic Arena e outras plataformas digitais e, em cenários desse tipo, erros pequenos podem custar muito e, num caso extremo, significar o fim da Wizards e, consequentemente, do Magic: the Gathering.
Ainda temos muitos anos pela frente antes que qualquer um desses cenários se torne verdade e estaremos atentos a todos os passos da Wizards nessa caminhada. Enquanto isso devemos aproveitar o Magic como jogo e celebrar cada novo jogador que se une a nós nessa jornada.
E você, o que acha dessa nova tentativa da Wizards de alcançar a Ásia? Acha que o Arena será a salvação do Magic? Você sente que o mercado de jogo de cartas está saturado? Qual sua opinião sobre este novo produto, o Global Series? Sinta-se livre para usar nossa seção de comentários. Você também pode nos alcançar na página, email (artesaosdomagic@gmail.com) ou twitter (@artesaosdomagic). Obrigado pela leitura.
Thiago Santos
quarta-feira, 23 de maio de 2018
A Controvérsia das Promos de Buy-a-Box (Vídeo)
No vídeo de hoje tentamos entender o que cerca a controversa política de cartas promocionais de Buy-a-Box, iniciada em Dominária.
sexta-feira, 18 de maio de 2018
Prata Adaptável
Karn é uma arma por construção. A primeira parte do Legado de Urza já demonstrou poderes incríveis tanto na história do Magic quanto nos torneios, encarnado em Karn Liberto. Porém, uma faceta do Golem de Prata que tinha ficado de fora em suas outras cartas é sua versatilidade, algo que foi corrigido com o lançamento de Karn, Rebento de Urza, em Dominária. A cada dia esta carta nos impressiona mais com tamanho poder e têm sido usada por decks muito diferentes para propósitos diversos, então vamos dar uma olhada no que a carta é capaz.
Entre as primeiras coisas que podemos notar é que Karn não requer mana colorido para ser conjurado, ou seja, pode entrar em qualquer deck sem restrições. O segundo ponto é que ele entra com 5 marcadores de lealdade, que está no máximo que um planinauta com esse custo de mana pode ter. Esse número alto em lealdade significa que, se tiver uma presença razoável no campo de batalha, você vai conseguir algumas ativações do planinauta até que o oponente possa removê-lo. Dito isso, vamos às habilidades.
+1: Revele os dois cards do topo de seu grimório. Um oponente escolhe um deles. Coloque aquele card em sua mão e exile o outro com um marcador de prata.
Essa habilidade não é o mesmo que comprar uma carta, de fato é pior. No entanto ainda é uma habilidade de vantagem de cartas que pode ser ativada assim que o planinauta entra em campo de batalha e sem nenhuma restrição de cor. Então, para que essa habilidade alcance se valor máximo, temos que usá-la onde sua presença é geralmente escassa. E é justamente isso que faz o deck R/B Aggro, que tomou o Grand Prix Birmingham 2018 com 6 cópias no Top 8.
RB Aggro (Standard)
Creatures
2Walking Ballista
3Soul-Scar Mage
4Scrapheap Scrounger
4Goblin Chainwhirler
2Pia Nalaar
2Rekindling Phoenix
2Glorybringer
Planeswalkers
2Chandra, Torch of Defiance
2Karn, Scion of Urza
Spells
2Magma Spray
4Abrade
3Unlicensed Disintegration
Artifacts
3Heart of Kiran
Lands
1Aether Hub
4Canyon Slough
2Cinder Barrens
4Dragonskull Summit
11Mountain
2Spire of Industry
1Swamp
Sideboard
2Chandra's Defeat
3Duress
1Release the Gremlins
1Doomfall
1Fiery Cannonade
1Heartless Pillage
1Chandra, Torch of Defiance
1Karn, Scion of Urza
1Vraska's Contempt
1Angrath, the Flame-Chained
1Glorybringer
1Cut // Ribbons
O começo da estratégia desse deck é bem óbvia, atacar o oponente até que seus pontos de vida sejam zero e ele faz isso com competência com Mago Escarificador de Almas e Parasita de Sucata nas posições mais baixas da curva, mas não é só isso. Embora seja um deck agressivo, o R/B Aggro não está apenas tentando vencer o oponente o mais rápido possível, como faria um deck Burn. Ele foi desenhado para aguentar partidas mais longas e usa cartas de interação baratas, como Esguicho de Magma e Desintegração Ilícita para chegar aos estágios mais avançados do jogo. Quando lá, o deck despeja suas grandes ameaças que podem servir papel duplo, tanto proativo como reativo. A ligação entre esses vários estágios fica responsável por Karn e Chandra. Os dois planinautas de custo 4 provêm ao deck as cartas necessárias para que o combustível não acabe no meio do caminho e ainda podem abusar da já conhecida interação com Coração de Kiran.
−1: Coloque em sua mão um card que você possua com um marcador de prata no exílio.
Esta habilidade, em conjunto com a primeira, é uma ótima maneira de se aprofundar no seu deck e selecionar os recursos, melhor do que a simples compra de cartas, já que a primeira habilidade "cava" seu deck duas cartas de cada vez. Os decks visando essa habilidade são aqueles que buscam uma carta específica para finalizar o jogo, mas que sejam defensivos e, de alguma forma lentos, para que Karn tenha várias ativações durante o jogo. Assim é o UW Control, também no Standard.
UW Control (Standard)
Creatures
2Torrential Gearhulk
Planineswalkers
3Gideon of the Trials
1Dovin Baan
2Karn, Scion of Urza
2Teferi, Hero of Dominaria
Spells
4Censor
3Essence Scatter
1Pull from Tomorrow
3Disallow
2Glimmer of Genius
4Settle the Wreckage
2Fumigate
2Approach of the Second Sun
Enchantments
1Search for Azcanta
2Cast Out
Lands
2Field of Ruin
4Glacial Fortress
2Ipnu Rivulet
4Irrigated Farmland
7Island
6Plains
1Scavenger Grounds
Sideboard
3Authority of the Consuls
1Jace's Defeat
3Negate
3Forsake the Worldly
1Shalai, Voice of Plenty
1Fumigate
2Lyra Dawnbringer
1Teferi, Hero of Dominaria
Aqui vemos mais uma abordagem dos decks que contam com Aproximação do Segundo Sol para finalizar o jogo. Dessa vez quem divide a função de vantagem de cartas com Karn é Teferi e, juntos, eles são responsáveis por manter o acesso do jogador às respostas necessárias, como as contra-mágicas e efeitos de cólera, mesmo que elas estejam exiladas, desde com um marcador de prata. Enquanto isso o deck se aproxima da vitória com o combo ou mesmo com ataques de Gideon das Provas.
−2: Crie uma ficha de criatura artefato incolor 0/0 do tipo Constructo com "Esta criatura recebe +1/+1 para cada artefato que você controla.".
Essa é uma habilidade estranha neste planinauta. Ela se importa com o número de artefatos, o que nenhuma outra faz, ocupa o lugar do Ultimate sendo apenas um -2 e parece ser uma habilidade agressiva, sem nenhuma indicação anterior que este seja o perfil de Karn, mas isso não é razão para menosprezá-la. Em primeiro lugar, é muito comum termos artefatos incidentais em campo, como um Mapa do Tesouro e seus tokens. Em segundo, num deck focado em artefatos este é sim um ultimate respeitável. É isso que estamos começando a ver no Modern com novas versões do deck Robôs.
Robôs (Modern)
Creatures
3Ornithopter
3Signal Pest
4Arcbound Ravager
4Steel Overseer
3Vault Skirge
2Etched Champion
3Master of Etherium
Planeswalkers
2Karn, Scion of Urza
Spells
3Galvanic Blast
Artifacts
4Mishra's Bauble
4Mox Opal
1Welding Jar
4Springleaf Drum
4Cranial Plating
Lands
3Blinkmoth Nexus
4Darksteel Citadel
4Inkmoth Nexus
1Island
4Spire of Industry
Sideboard
2Ceremonious Rejection
1Dispatch
1Grafdigger's Cage
1Relic of Progenitus
2Spell Pierce
2Ancient Grudge
1Whipflare
2Blood Moon
1Etched Champion
2Ghirapur Aether Grid
A maioria das interações aqui já são conhecidas. Chapeamento Craniano, Supervisor de Aço e Devastador Arconexo estão lá e cumprindo as mesmas funções de sempre, tomando vantagem de todas as criaturas artefatos muito baratas do deck e criando ataques letais onde antes só havia pequenos robôs. A novidade fica mesmo por conta de Karn, uma nova condição de vitória do deck. Com o auxílio de Mox de Opala e Tambor das Folhas Vernais ele pode chegar ao campo de batalha cedo, turno 3 até, e fazer uma ficha de constructo ridiculamente forte, que só cresce turno após turno. Mesmo que o seu oponente ache uma resposta, ele vai gastar uma remoção valiosa em uma ficha ao invés de uma outra criatura importante do deck, como as citadas acima. Além disso, fazer uma ficha é só um -2, então, se esse plano falhar, Karn estará vivo e pode auxiliar o deck a lutar em partidas mais longas com as duas primeiras habilidades.
Esses exemplos são só a ponta de um gigante iceberg de prata chamado Karn. Novas abordagens ao planinauta ainda vão surgir em todos os formatos em que ele é legal e algumas já estão sendo testadas. No Standard ser um planinauta com um mecanismo de vantagem de cartas de custo de mana 4 já é fator suficiente para que ele veja jogo em alto nível. Para além disso sua grande versatilidade com número mínimo de restrições o dá potencial para se tornar uma das cartas mais poderosas do formado.
E você, o que acha do planinauta Karn, Rebento de Urza? Em que decks você o encaixaria? Qual será o impacto dele no Standard? E nos outros formatos construídos? Sinta-se livre para usar nossa seção de comentários. Você também pode nos alcançar na página, email (artesaosdomagic@gmail.com) ou twitter (@artesaosdomagic). Obrigado pela leitura.
E você, o que acha do planinauta Karn, Rebento de Urza? Em que decks você o encaixaria? Qual será o impacto dele no Standard? E nos outros formatos construídos? Sinta-se livre para usar nossa seção de comentários. Você também pode nos alcançar na página, email (artesaosdomagic@gmail.com) ou twitter (@artesaosdomagic). Obrigado pela leitura.
Thiago Santos
Dia de Anúncio: Guildas de Ravnica, Battlebond e mais
Hoje foi o dia de anúncio do nosso outono, primavera lá nos EUA, o como não poderia deixar de ser, muitas informações sobre os produtos do próximo ciclo foram reveladas:
Como todos imaginavam estaremos voltando a Ravnica! Guildas de Ravnica será lançada em 5 de outubro e trará Selesnya, Boros, Golgari, Izzet e Dimir (azul-preto). Lealdade em Ravnica sai em janeiro de 2019 com Azorius, Rakdos, Gruul, Simic e Orzhov.
Curiosamente Lealdade em Ravnica é tido como o "penúltimo momento na história das Sentinelas". O último capítulo será em um terceiro set nessa sequência, que focará no ápice da história e não no plano.
Novo produto anunciado! É o Global Series, que começa com Jiang Yanggu e Mu Yanling, planinautas criados para transmitir a cultura e mitologia chinesa ao Magic. Os decks serão lançados em 22 de junho e, antenção, serão legais no Standard somente na China.
Já temos uma provinha do que teremos em Battlebond! A temporada de spoilers começa dia 22, mas hoje conhecermos o primeiro par de Parceiros, de onze, que inova uma mecânica já vista em Commander. Os parceiros em Battlebond sempre virão acompanhados no booster, tomando o lugar de uma incomum, mesmo que a raridade seja maior. Ou seja, há a possibilidade de boosters virem com duas ou mais cartas raras/míticas.
Finalmente, a Wizards deciciu continuar com as políticas de Booster Box experimentadas em Dominária. Isso significa que você poderá pegar suas pré-vendas no dia do pré-lançamento e que elas virão com uma carta promo exclusiva, mediante estoque. A decisão de manter a Buy-a-Box promo é controversa, já que uma parte da comunidade não a viu com bons olhos. Promos exclusivas podem gerar escassez de cartas com alta demanda, o que explode o preço das mesmas.
Isso é tudo que teve hoje, aguardamos mais informações.
quarta-feira, 16 de maio de 2018
Como Avaliar Planinautas no Commander (Vídeo)
No vídeo de hoje mergulhamos no Commander para saber o que faz um bom Planinauta nesse formato.
segunda-feira, 14 de maio de 2018
O que é o Magic Arena? (Vídeo)
O Magic Arena está se tornando cada vez mais popular e atualizado. Ainda assim, muitos tem dúvidas sobre como funciona ou o que é, de fato, essa nova empreitada da Wizards na abertura do Magic ao mundo digital. No mais novo vídeo do canal, os Artesãos do Magic explicam o que é o Magic Arena.
sexta-feira, 11 de maio de 2018
Ferida Aberta
"É fácil (...) esquecer o quanto somos bem sucedidos nesses protocolos [de prevenção de vazamentos]. (...) O nível normal de entrega é somente o status quo, não é digno de nota". Assim Patrick "Trick" Jarrett, Gerente de Mídias Sociais do Magic, termina o artigo "Porque Vazamentos Ferem", escrito ainda em dezembro de 2015. Pouco mais de dois anos nos separam desse momento, mas essa frase já envelheceu muito mal.
Na ocasião a comunidade de Magic acabava de receber com espanto um grande vazamento da coleção Juramento das Sentinelas, que revelava a chegada o titã eldrazi Kozilek, a Grande Distorção a Zendikar, mas mais que isso, revelava um novo símbolo no Magic, para representar o mana incolor.
Seguindo sua política padrão de não comentar rumores, a Wizards continuou com o planejado, que era revelar a presença do titã no plano pelas histórias semanais e, uma semana depois, revelar a carta na Copa do Mundo de Magic daquele ano. Obviamente a revelação impactou poucos. A comunidade já comentava o titã e o símbolo há semanas e já tinha opinião formada sobre a mudança, que, em geral, era negativa. O vazamento arruinou uma grande estratégia de marketing da Wizards e nos privou de receber o melhor conteúdo que a empresa podia nos oferecer. No fim, todas as partes esperavam que esse capítulo fosse superado, deixando os vazamentos mais uma vez no passado.
Um novo status-quo
No entanto, não foi isso que aconteceu. Houve vazamentos em Sombras de Innistrad. E depois em Lua Arcana. E depois em Kaladesh. E os vazamentos continuaram a acontecer, coleção após coleção sem parar. No caminho, a confiança que os consumidores mais enraizados no Magic, aqueles que fazem parte da comunidade há muito tempo e/ou têm influência nela, têm na Wizards foi sendo minada. O consenso virou que a empresa não consegue segurar suas informações.
E, vendo os dados em retrospectiva, não podia ser diferente. Da Era das Sentinelas, que começou com Batalha por Zendikar, incríveis 10/11 coleções sofreram algum tipo de vazamento. Alguns foram pequenos, como os casos dos vazamentos do bloco de Kaladesh, que foram poucas cartas e cartas "menos importantes", mas também houve vazamentos mais sérios, que incluíram além de cartas, mecânicas, pontos e personagens importantes nas histórias. Também houve alguns casos de vazamentos em coleções complementares, como as coleções de Commander e Masters, e até de Listas de Banidas e Restritas. Nos dois casos mais críticos, Dominária e Ixalan, que são bem recentes, a Wizards teve sair da sua política, reconhecer os vazamentos como legítimos e retrabalhar toda a temporada de previews.
Em Ixalan, em razão do roubo de uma folha não cortada de uma das fábricas onde o Magic é impresso, a Wizards postou todas as cartas que podiam ser vistas parcial ou completamente nas imagens vazadas e aprofundou os previews para cartas de raridades mais baixas, comuns e incomuns. Para compensar os artigos teriam muito mais detalhes sobre as cartas e o plano de Ixalan, explicando a essência, a arte, como a carta foi desenvolvida e muito mais. Assim a temporada de spoilers não foi o desastre que poderia ser.
Já o caso de Dominária foi muito diferente, a começar pelo motivo do vazamento, que partiu de dentro da Wizards, quando o artigo de Notas de Lançamento da coleção em chinês foi equivocadamente publicado e logo traduzido e lançado para a comunidade. Dessa vez a Wizards não nos entregou todas as cartas reveladas, mas sim o documento traduzido oficialmente para cada língua. A temporada de spoilers ficou a cargo dos artistas, já que nenhuma arte foi vazada no processo, e eles não decepcionaram a comunidade e nos deram uma das melhores que já tivemos, a despeito do motivo, que foi até esquecido no meio da empolgação.
A ferida continua a doer
Mas essa animação passou para muitos quando, depois de Dominária lançada, surgiram, semana passada, vazamentos da próxima coleção básica. Cartas de M19 foram erroneamente colocadas em boosters de Dominária e, quando abertas, claro que foram rapidamente para a internet. Até agora todas as cartas vazadas são comuns, mas a luz de alerta na comunidade e, creio que, na empresa, voltou a acender.
E a quem culpar pelos vazamentos? Seria a Wizards? As empresas que imprimem o jogo? As que distribuem? Os fãs, que comentam e compartilham as informações vazadas? A resposta não é tão óbvia e, enquanto podemos chegar a raiz de cada caso não há como achar um culpado para todos esses eventos que têm acontecido. Mais importante que isso, não adianta culpar ninguém se nada vêm sendo feito para que os vazamentos diminuam sensivelmente ou parem de vez. A Wizards conduz suas investigações sobre os casos com muito segredo e, mesmo que ocasionalmente saibamos de um banimento ou outro, não temos a menor ideia se a situação melhorou nestes últimos anos ou se melhorará para os próximos.
Ferida Autoinfligida, arte de Mathias Kollros. © Wizards of the Coast |
O que sabemos é que não é do interesse da comunidade em geral que os vazamentos continuem ocorrendo. Mesmo que hajam aqueles que querem sempre saber as informações o mais rápido possível, há também aqueles que amam a sensação de abrir um booster sem saber nada sobre a coleção, que gostam da temporada de spoilers ou que apenas confiam na Wizards para lhes entregar o melhor conteúdo possível, e estou inclinado a achar que este segundo grupo supera o primeiro.
Obviamente também não é do interesse da Wizards que a situação continue como está, pois gasta-se muitos recursos para planejar uma campanha de marketing e a cada carta vazada muitas horas de trabalho também são desperdiçadas e eles não sabem, e nem nós, até quando vão continuar conseguindo salvar esses eventos na últmima hora. Além disso, obviamente, a Wizards não quer ser a "empresa que vaza coleções" e sim a empresa que te dá a melhor experiência possível em seus produtos, quer ser uma marca confiável.
Estamos entrando numa nova era do Magic, mas é impossível que essa seja uma era próspera sem que o assunto dos vazamentos seja amplamente discutido e resolvido, se não aqui, na comunidade, dentro da própria Wizards. O que não pode acontecer é deixar essa ferida aberta porque ela ameaça a saúde do Magic: the Gathering como um todo.
E você, o que acha da polêmica dos vazamentos? Já foi impactado por algum? Como acha que essa questão afeta o Magic? Sinta-se livre para usar nossa seção de comentários. Você também pode nos alcançar na página, email (artesaosdomagic@gmail.com) ou twitter (@artesaosdomagic). Obrigado pela leitura.
Thiago Santos
quinta-feira, 10 de maio de 2018
LIMITADO BÁSICO: Sistema B.R.E.V.E. (Vídeo)
No vídeo de hoje abordamos uma das teorias para construção de decks no Limitado: o Sistema B.R.E.V.E.
sexta-feira, 4 de maio de 2018
O Teste Baneslayer
Cada jogador tem sua própria métrica para saber se um formato é bom ou não. Muitos confiam no sentimento ou sensação geral passada pelo formato, outros pelo divertimento obtido e alguns têm um fator objetivo, que pode ser aplicado a qualquer experiência de jogo.
No ano passado Patrick Sullivan, entre outras coisas, ex jogador de Magic: the Gathering, atualmente comenta o SCG Tour, em uma das edições do CEDTalks, podcast de Cedric Phillips, que tem entre seus projetos ser Coordenador de Conteúdo Online da Star City Games e narra o SCG Tour, compartilhou conosco sua métrica do que faz um Standard saudável. Basicamente, se Anjo Exterminador do Mal (Baneslayer Angel) ou algum similar é uma criatura boa e viável, o Standard é saudável. Este é um teste bom por dois principais motivos: ele mede a velocidade do formato e também o poder das remoções.
Pense no Anjo Exterminador do Mal como uma criatura mais genérica. Ela é grande, tem bons status, um monte de habilidades de combate, está acima da média das outras, mas você pode simplesmente matá-la, e ela demora um pouco para entrar no campo de batalha. Ela ser uma boa criatura significa que você vai estar vivo para conjurá-la na maioria dos jogos, ou ela nunca apareceria nas sua 75 cartas. Significa que, provavelmente, o formato não é dominado por numerosos decks Aggro ou Combo que terminam o jogo no Turno 4, por exemplo, com consistência. Também significa que no Turno 5 ou próximo disso, é esperado que a maioria dos decks, mesmo os Control, apresente uma criatura forte para acabar o jogo, que não deve se arrastar indefinidamente. Sumarizando, se a Anjo é viável, há uma provável harmonia entre as estratégias mais rápidas, Aggro/Combo, e as mais lentas, Midrange/Control.
Seguindo ainda neste exercício de pensamento, se você coloca a Anjo em seu deck, provavelmente você espera que ela viva para cumprir seu objetivo, seja ele ofensivo ou defensivo, o que indica que não há uma superabundância de remoções eficientes no formato. No entanto o fato que nenhuma das habilidades da Anjo a protege das remoções também é bom, pois dá um sinal ao formato que esta não é uma ameaça imbatível, que há saídas possíveis. Num todo, jogar com esta carta indica um equilíbrio entre remoções e ameaças, já que, se houvesse remoções demais e/ou eficientes em excesso, você não comprometeria uma jogada de tamanho considerável numa criatura que vai morrer sem nem mesmo perder o enjoo de invocação.
E este teste é especialmente interessante no Standard de Dominária e pros próximos, enquanto a coleção for legal no formato. E isso porque Anjo Exterminador do Mal recebeu um reprint funcional sob o nome de Lyra, Portadora da Alvorada.
Numa comparação direta entre as duas anjos, Lyra é um upgrade. A proteção contra Dragões e Demônios pode ter sido importante no Standard da época, mas ser uma Lord de Anjos é mais importante, tanto para o Standard atual quanto para outros formatos, como o Commander e o mesão, mais casual. Lyra, no entanto, é uma criatura lendária e, enquanto pode haver vantagens, com a mecânica e o tema Histórico, isso significa que há uma limitação de quantas cópias da carta um deck pode carregar, sem que uma ou mais fiquem inúteis na mão por muito tempo. Desta forma será mais comum ver ela como um 3-of (três cópias no deck).
Lyra também pode ser comparada com outras cartas, particularmente outros anjos, algumas de um passado recente, outras do formato atual. Do passado podemos trazer Gisela, a Lâmina Partida, que é basicamente um Anjo Exterminador do Mal encolhido. Gisela tem a vantagem de atingir o campo mais cedo, mas isso é suplantado pela relação Poder/Resistência que apresenta. Ser 4/3 significa ser muito mais fácil de ser bloqueada e muito mais difícil de bloquear, pois troca com criaturas abaixo dela na curva de mana, e ser especialmente vulnerável para remoções por dano. Isso coloca Lyra vários degraus acima de Gisela.
Para uma comparação mais recente trazemos Anjo da Invenção, que é uma carta muito mais flexível que Gisela, e talvez até que a Portadora da Alvorada. Para começar, não é lendária, então, sem restrição ao número. Além disso, têm uma habilidade que cria tokens de criatura, com Fabricar, e ela mesma aumenta o poder da equipe, criando 6 de poder imediatamente quando o modo de fichas é escolhido. Caso escolha o modo de marcadores, ela sofre dos mesmos problemas que Gisela, sendo apenas uma 4/3 por 5 de mana. Esse é um indicativo muito forte sobre qual modo da carta é o mais vantajoso e isso é o que a tira da disputa com Lyra. A Anjo da Invenção pede um deck em que suas duas habilidades possam ser abusadas, e seus status não permitem que ela funcione como um finisher clássico, como poderia Lyra. É por isso que vemos Anjo da Invenção como uma 4-of (quatro cópias no deck) em decks Dádiva do Faraó-Deus e nenhuma cópia sequer em decks control.
Finalmente podemos comparar Lyra, Portadora da Alvorada com o Metagame em si. A Portadora se esquiva da maioria das remoções de dano usadas, a exemplo de Abrasão, e também de Empurrão Fatal, uma das remoções mais usadas no formato, e de Demover, remoção de Dominária que chega ao mais perto que estivemos de Lâmina da Destruição desde a própria Lâmina da Destruição. Em contraponto, é frágil contra Selar, outra nova remoção de Dominária no estilo de Jornada a Lugar Nenhum, Desprezo de Vraska, uma remoção muito difundida, e a qualquer efeito de cólera.
Em combate Lyra se mostra mais que confortável, naturalmente evitando criaturas terrestres. Das criaturas que sobram ela consegue sobrepujar incríveis 148 de 160 criaturas que têm Voar ou Alcance. E, entre as 12 que podem segurá-la, apenas 2 têm visto jogo em nível de torneio recentemente, ou seja, sua superioridade no céu é inquestionável.
Então chegamos ao ponto de responder à pergunta: o Standard Atual é um bom formato? Os resultados do Standard PTQ de 29 de abril, domingo passado, dizem que sim.
O campeão do torneio foi o jogador(a) Team5c com o deck GW Midrange, que conta com 3 cópias de Lyra no maindeck. Além desse, a Portadora da Alvorada conquistou o Top 8 com um 2° Lugar com BW Veículos, 3° Lugar com UW Histórico, 6° Lugar no sideboard de um UW Control e 8° Lugar com outro GW Midrange.
Esses resultados são ainda de um formato muito novo, mas mostra que os jogadores veem valor na carta e estão empolgados em usá-la em alto nível de competição. Além disso vê-se uma variedade enorme de estratégias em que Lyra pode ser empregada, com muitas cores, o Verde, o Preto e o Azul sendo usados em conjunto do Branco.
Indo pra frente pode-se esperar que ela deve-se manter sólida como uma opção de sideboard no UW Control para partidas mais agressivas, especialmente o Burn/Mono-Red, que precisa de duas mágicas para poder removê-la. Enquanto isso outras construções serão testadas e nada impede que também se estabeleçam no Metagame.
E você, o que acha o Teste Baneslayer? E qual a sua opinião sobre a Lyra, Portadora da Alvorada nos próximos passos do Metagame? Como você avalia um formato? Sinta-se livre para usar nossa seção de comentários. Você também pode nos alcançar na página, email (artesaosdomagic@gmail.com) ou twitter (@artesaosdomagic). Obrigado pela leitura.
Thiago Santos
quinta-feira, 3 de maio de 2018
DOMINÁRIA | Análise de Limitado (Vídeo)
No vídeo de hoje trazemos uma análise do formato Limitado de Dominária com vários dados importantes e também alguns dos arquétipos mais fáceis de se construir.
Assinar:
Postagens (Atom)