sexta-feira, 1 de julho de 2016

Tudo em Verde e Branco

Já estamos na temporada de spoilers da próxima coleção de Magic, a ser lançada daqui a apenas duas semanas, Lua Arcana. Emrakul já fez sua entrada, Liliana promete muito pelo trailer da coleção e hoje mesmo uma nova Tamyio deu as caras. No entanto, antes de me permitir mergulhar de vez nesse lançamento, há que fazer considerações acerca do Standard que estamos deixando para trás, o Standard de Sombras de Innistrad.

Para começar podemos dizer que tivemos um Standard bem divertido e diverso. Os jogadores tentaram mesmo se reinventar e dar uma mexida no Metagame com decks de variadas tribos, arquétipos e estratégias. Vimos muitos exemplos de listas control, tempo, combo, tribal de Humanos, tribal de Vampiros, sacrifícios, midrange, monocoloridos, de duas cores ou de três cores. Realmente, diversidade se teve nessa temporada.

No entanto, toda essa diversidade não foi bem distribuída como o desejado e nem tudo teve chance de brilhar sob os holofotes. Já nas primeiras semanas de Standard a chave do sucesso foi descoberta e, uma vez descoberta não mudou muito no desenvolver do formato. Os jogadores perceberam que o Verde e o Branco eram as melhores cores do formato, com as melhores cartas do formato, e que se completavam sinergisticamente de uma forma incrível. O Metagame continuou diverso e mutável, mas lutando pelas posições baixas, com cada outro deck de outras cores tentando cavar seu espaço, que, às vezes, não passava de uma semana em sequência. Enquanto isso quem optou por Selesnya observava tudo do topo. Rito do Capitólito, Humanos Aggro, Grixis Control, UR Eldrazi e WB Control foram alguns dos decks que despontaram, mas nenhum deles foi capaz de tirar os GW de suas posições privilegiadas.

A dois decks com base Selesnya se resumiu o melhor desse formato, os dois usando as melhores cartas que se podia encontrar e ainda assim totalmente diferentes. Enquanto um usa Companhia Coletiva como parte central, o outro usa a sinergia de Planeswalkers para ganhar o jogo. Estou falando dos decks GW Tokens e Bant Company.

GW Tokens foi um deck muito bem resolvido e desenvolvido neste período. Ao final, já usava incríveis 51 espaços travados em sua estratégia, deixando apenas 9 para a criatividade do jogador. Foi com certeza o melhor deck do formato, ganhando mais torneios e levando mais jogadores ao topo de Grand Prixes, Abertos e Invitacionais do que qualquer outro teve chance.

Já o Bant Company foi numa tomada muito diferente. Com muito mais flexibilidade nas construções ele permitiu que os jogadores variassem muito de estilo, o que adicionou um tempero às partidas mirrors. Enquanto já se sabia a melhor versão do GW Tokens há muitas semanas, o Bant Company continuou em discussão até o final. O deck, embora não tenha ganhado muitos campeonatos, foi o que cravou mais jogadores entre os Top 8 de competições.

As vitórias que esses dois decks conquistaram foram centradas em dois pilares principais, sendo o primeiro deles Vantagem de Cartas e o segundo o poder das remoções.

Antes um domínio completo do Azul, neste Standard o Verde quem reinou neste território. Cartas como, Nissa, Vidente da Matavasta, Rastreador Incansável e Companhia Agrupada são cartas muito poderosas que, ao mesmo tempo em que davam Vantagem de Cartas ao controlador, desenvolviam o plano de jogo e o estado do campo de batalha. Além disso, são extremamente versáteis e úteis seja no começo, meio ou fim do jogo.

Branco sempre foi uma ótima cor de apoio, mas as remoções mais memoráveis sempre pertenceram ao Preto. Não nesse Standard. O Branco tem acesso a cartas como Declaração em Pedra, Envolver em Seda, Armadilha Estática, Irrupção Planar e Arrogância Trágica. Quaisquer ameaças, que vão de Ormendhal a Kytheon passando por Eldrazis, como Arrebentador da Realidade e Rompe-Mundos, têm uma resposta preparada, o que torna os decks muito eficientes e resilientes.

Juntando esses dois fatores atingir a dominância no formato foi só mais um passo óbvio. Estratégias como, superagressividade, combo, e ramp, que serviriam para dar um equilíbrio no formato, pressionando os decks com cartas muito fortes ou muito rápidas, foram postas sob controle.

Para finalizar esse olhar sobre os dois melhores decks dessa temporada, temos os dados colhidos de dois GPs que usaram o Standard como formato, o GP Pittsburg e Taipei, que aconteceram faz pouco tempo.

Juntando os dois Tops 8, temos incríveis 87,5% dos decks sendo Bant Company ou GW Tokens. 10 eram Bant Company, 5 GW Tokens e os outros dois eram um RG Ramp e um Sultai Midrange. Estes números mostram uma dominância opressiva do formato.

Com o lançamento de Lua Arcana nenhuma coleção deixará o Standard, então esses decks continuarão vivos e serão os melhores decks na semana 1 do novo Standard. Talvez a nova coleção traga o Standard para uma nova direção em cores e estratégias ou talvez somente a rotação em setembro o faça. Vamos esperar para ver.

E você, o que achou dessa temporada do Standard? Está acompanhando os spoilers? O que está achando do que já foi revelado? Sinta-se livre para usar nossa seção de comentários. Obrigado pela leitura.

Thiago Metralha

2 comentários:

  1. A mecanica de emerge parece ser boa pra usar em decks de aristocratas

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    1. Ela pode ser uma adição interessante, sim. O Apóstolo de Emrakul também parece que vai ser ótimo.

      Thiago Metralha

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