É oficial, amigos jogadores de Magic. O mal em Innistrad, quem enlouqueceu humanos, anjos, planinautas e vampiros, levando ao fim de nossa preciosa Avacyn, distorceu um plano de horror a um nível grotesco, o segredo que Jace buscava revelar, o instrumento da vingança de Nahiri contra o vampiro e planinauta milenar Sorin Markov se revelou. Emrakul, o ser mais temido do multiverso, chegou a Innistrad. E isso é meio que desapontador.
É claro que todos já ao menos imaginavam isso desde o primeiro pedaço de história de Sombra de Innistrad. As pistas não nos deixou esquecer que eles vieram em três. E, é claro, Nahiri, com seu ultimate maravilhoso que está sendo muito usado no Modern para buscar sabe quem? Isso mesmo.
Quando anunciaram o novo paradigma do Standard algum tempo atrás eles nos disseram que a mudança permitiria à equipe explorar mais locais pelas histórias, às equipes de desenvolvimento fazer sets pequenos sem que eles fossem muito ruins, como se via antes, e também deixaria mais fácil ter blocos de retorno. Isso pareceu ótimo, era, e é, o que nós queríamos.
Na primeira oportunidade já recebemos um retorno à Zendikar, que foi muito bom. As duas coleções se complementaram bem e eram boas em sua individualidade. O Metagame do Standard se adaptou muito rapidamente à história contada e logo vimos decks baseados nas Sentinelas enfrentando os decks baseados em Eldrazis pelos mesões e também competições. É claro que houve deslizes, como o polêmico símbolo para incolor e o Inverno Eldrazi no Modern, mas, em geral, o bloco trouxe boas experiências, principalmente no Standard, que foi o foco da coisa toda.
Logo depois um retorno à Innistrad foi anunciado com Sombras de Innistrad. Innistrad era um dos sets recentes mais amados pela comunidade Magic e todos já esperavam, e estavam ansiosos, pelas mudanças. A história contada seria um mistério com delírios, loucura e várias de nossas tribos preferidas, saindo do foco de Super Amigos Sentinelas contra Super Ameaça Eldrazi. E o Standard seguiu essa linha, com Investigação e suas pistas cavando seu espaço nos decks, os tribais ressurgindo, os humanos estiveram mais fortes, mas várias construções em volta dos lobisomens, vampiros, espíritos e zumbis também foram testadas, e o cemitério voltando a ter mais importância. E foi ótimo ver isso acontecer, essa mudança significa que tanto a equipe de Design quanto a de Desenvolvimento das coleções estão tendo sucesso em contar a história, o que é ótimo para o jogo. Dá a sensação de que nós estamos mesmo vivendo e jogando a história do Magic, somos mais do que espectadores.
No entanto, aí vem Lua Arcana. Agora sabemos que a fonte do mal em Innistrad não é nada mais nada menos do que a Ameaça Eldrazi. As Sentinelas já estão em posição de batalha e até recrutaram uma nova planeswalker para sua causa, Liliana. E assim o ambiente Super Amigos Sentinelas contra Super Ameaça Eldrazi está de volta, num passe de mágica.
Isso nos levanta a dúvida: será que a história será sempre essa? Sempre teremos os Super Amigos contra uma ameaça maior? Quem será da próxima vez? Phyrexia? Nicol Bolas? É isso que queremos? Em vez de nos contar duas histórias em dois blocos de duas coleções, eles decidiram que o primeiro movimento nesse paradigma seria contar uma história só com as quatro coleções dos dois blocos consecutivos. Tomara Khaladesh seja mais que apenas o próximo capítulo de Sentinelas VS Eldrazis. Se isso acontecer eu seriamente estarei pensando em Theros com nostalgia.
Mas, antes que pensem errado, Emrakul é ótima. O Fim Prometido fazendo referência a uma lendária carta antiga, Escraviza-Mentes, assim como o Aeons Torn fazia a Time Walk é muito legal. A Liliana entrando para as Sentinelas, ainda que siga seus próprios interesses acerca do Véu, e Gideon e companhia lutando lado a lado com zumbis é brilhante. As tribos também não foram abandonadas, temos um novo lobisomem lendário, muitos zumbis, horrores á vontade e uma tonelada de espíritos. E, caras, nós ganhamos uma nova Thalia!
No entanto, e se não fosse a resposta óbvia? E se essa fosse mesmo a vez dos Phyrexianos? As distorções do plano sendo partes de alguma nova técnica, mais um plano tomado e a Lua de Prata sendo a escapada final. Poderia mesmo ser Bolas e Tezzeret com seus experimentos etéreos. Uma batalha épica entre os lados do bem e do mal da centelha. Poderia até ser um personagem esquecido, tomado como morto, ressurgindo, afinal, como nos quadrinhos, as mortes não tem que ser definitivas, tem? Desde que contem uma boa história, eu digo que não.
O que realmente incomoda é o fato do óbvio ser o correto com tantas possibilidades e um multiverso tão vasto para cobrir as lacunas. Uma história de mistério em que o culpado é o suspeito número um é menos do que queremos e do que esperamos, e isso nos desaponta.
Os spoilers de Lua Arcana já foram totalmente divulgados e agora só aguardamos o pré e o lançamento para poder jogar com as novas cartas. E você, o que achou da coleção, do design, das artes, das mecânicas, da história? Sinta-se livre para usar nossa seção de comentários. Obrigado pela leitura.
Thiago Metralha
acho que era cedo pra voltar com ela, deveria esperar mais uma coleção, quem sabe referências de nahiri em cards de outras coleções -easter eggs- nas artes sobre ela observando, cercando... mas a idéia dos horrores tem relação com innistrad então de certa forma até acho valido, não que eu goste, mas ta ai, resta jogar.
ResponderExcluirpela Lore ja sabemos que ela sabendo que não poderia bater de frente com sorin armou a pegadinha e se lançou como isca final, palmas pra ela, mas faz parte do perfil do Sorin no site da wiz e como mote em algumas cartas que varios que tentaram enfrentar ele sofreram do terrivel caso de entrar no caminho do vampiro milenar.
é um bom gancho para a proxima ed, ugin vindo libertar ele (troca de favores), os power rangers fazendo isso pra ele ser o ranger especial(verde/branco/aqueles extras que apareciam) oualgo do tipo.
Outra coisa, soltar emrabakul & cia foi obra do titio nicol, então nos vemos por ai!