sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Está Caro Ganhar no Standard

Desde o lançamento oficial de Batalha por Zendikar e seu Pro Tour uma coisa foi fácil de se notar. Os preços simplesmente explodiram. De setembro para outubro deste ano o preço médio de um deck Top 8, que representa com certa fidelidade os melhores decks do formato, passou de U$300 (R$1050, na conversão) para U$700 (R$2450, na conversão), aproximadamente. Um acréscimo de U$400 (R$1400, na conversão). E isso é muito dinheiro.

Em verdade, este é o Standard mais caro desde a Era de Caw Blade, o famoso deck que rendeu o banimento de Místico Litoforjador e de Jace, o Escultor de Mentes. Caw Blade é considerado um erro tanto por jogadores quanto pela Wizards, em suma porque perguntava aos jogadores: “Você está disposto a pagar U$700 para ganhar?”. O que está acontecendo hoje é basicamente a mesma coisa, com uma pequena alteração na pergunta, que passou a ser: “Você está disposto a pagar U$700 num deck competitivo e vencedor de torneios?”. E uma numerosa parcela de jogadores dirá “Não!”, é claro.
Caw Blade, numa arte por BlackWingStudio

A última vez que tivemos um Standard que podia ser considerado caro foi com Portões Violados, quando a média de preço alcançou os U$500 (R$1750, na conversão). Na época os decks mais jogados eram Naya e Jund, que eram bem caros, ultrapassando essa média e chegando a valores próximos de U$700, como alguns dos decks atuais. Entretanto, para a alegria geral, existia uma opção de deck bem mais barata que, ainda assim, oferecia competitividade, o Mono-Red, que jogava com seus humildes US100 (R$350, na conversão).

Dos decks jogados o que poderia ser o nosso Mono-Red é o deck conhecido como Atarka Red, já citado aqui no blog. No entanto, mesmo sendo um dos decks mais baratos do formato e oferecer competitividade aos jogadores, a média de preço desse deck é de U$350 (R$1225, na conversão), muito superior ao seu suposto antecessor.

Obviamente fatores e explicações para esse encarecimento repentino são buscados e a culpa cai, na maioria dos casos, nas Fetchlands e, por incrível que pareça, no Jace. O Jace, Prodígio de Vryn, é sim uma carta absurdamente cara, com preço médio de U$70 (R$270,00, na Ligamagic), entretanto não é nem de longe o que o Escultor de Mentes foi, pois só joga em cerca de 35% dos decks, muito inferior aos 90% do Escultor. Mas, de fato, seu preço teve um aumento considerável com Batalha de Zendikar, principalmente se contarmos com o fato de nenhuma decklist apresenta menos do que 4 cópias dele.
A culpa é deles!
Quanto às Fetchs tivemos um problema sério. Com o lançamento das Battlelands de BFZ as Fectchlands, que apareceram em uma média de 4 por deck no Standard de KTK, passaram a ser usadas numa média de 11 no de BFZ, o que já representaria um acréscimo significativo no preço de qualquer deck. Mas não parou por aí. Além de serem mais jogadas, o preço de cada Fetch também aumentou, e, assim os preços dos decks decolaram.

Então, como você tem se virado para jogar o Standard? Alguma boa história de Standards anteriores, ou mesmo de Caw Blade? Conte para nós nos comentários!

*Valor do Dólar usado para as conversões foi R$3,50.

Thiago Metralha

7 comentários:

  1. Sem querer vim parar nesse post, mas li a realidade, cada vez mais jogadores estão tentando entrar no competitivo, que nem citado a procura esta cada vez maior e a tiragem das cartas são limitadas, pessoal busca a qualquer custo ter as melhores cards perdendo a noção de investimento e sim se baseando no pay to win.

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    1. Esse lado "pay to win" é uma das piores coisas do Magic, mas sabe como é, né? A gente tenta contornar.

      Thiago Metralha

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  2. Não acho que a queda futura das fetchs provocará a baixa desse preço absurdo dos decks stardards,pois sempre haverá algo pra tentar "tapar buraco" na curva de mana e esse subirá de preço tb

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    1. As fetchs sozinhas já são uma parte bem grande do preço de alguns decks. Também acho que sairão novas lands, mas espero que elas não custem tanto quanto as fetchs atualmente.

      Thiago Metralha

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  3. Oi galera, tudo bem? a o plural de artesão é artesões, não artesãos. abç

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    1. Na verdade, as duas palavras existem, mas, significando artífice, fica Artesãos mesmo. Obrigado pelo comentário mesmo assim!

      Thiago Metralha

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    2. http://www.portuguesnarede.com/2008/08/os-plurais-artesos-e-arteses.html

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