É hoje o lançamento oficial de Kaladesh, logo, inauguramos de vez esse novo Standard. Estamos na Semana 1! Escolher decks para a semana 1 é sempre uma decisão complicada, ainda mais com sets de rotação, caso de Kaladesh. Você deveria jogar com decks conhecidos do último formato ou uma construção nova? Qual arquétipo estará melhor posicionado no futuro Metagame? Devo me preocupar mais com early, mid ou late-game? Todas essas são questões que podem, e devem, vir à mente nessa hora.
Uma saída simples para tomar essa decisão é partir para o básico e pegar uma construção agressiva. É básico porque é a forma mais comum de derrotar o oponente - arremessando suas criaturas nele sem parar até que a vida chegue a zero - e é simples porque o Standard vem favorecendo muito as criaturas, de forma que não é nada difícil achar algum valor nos novos sets. Agora, temos que lembrar que Companhia Coletiva se foi, de modo que o combate se altera totalmente. Não se trata mais de obliterar o oponente com criaturas saindo de surpresa e antes que ele possa fazer algo a respeito. O novo Metagame deve tender à construção de um campo de batalha, com a pressão sendo aplicada continuamente para, então, a finalização. Mas, vamos logo à algumas das algumas cartas de Kaladesh que podem te jogar na frente quando o assunto é beatdown.
Kaladesh fez um ótimo trabalho em nos trazer cartas que gritam "ARTEFATOS IMPORTAM!!!" e o Ferramenteiro é um excelente exemplo disso. Ele é um drop-1 agressivo por vocação que chega aos status de 3/2 no combate se você controla apenas um artefato, o que se espera que seja quase uma regra, já que, além de um set voltado para esse exato tipo de carta, temos as Pistas de Innistrad, que continuam sendo relevantes. Então temos nele um ataque de poder 3 consistentemente no turno 2, o que não é de se desprezar. Como um adicional, a partir do momento que se controla três artefatos ele recebe Iniciativa, se tornando mais difícil ainda de se tirar do campo. E, como se não bastasse essas vantagens vale a lembrança de que, mesmo quando o Ferramenteiro encontra uma barreira grande demais para transpor, ele pode simplesmente Tripular um veículo e você vai ter investido apenas 1 de mana num valor de Tripular igual a 3, que consegue animar criaturas realmente muito grandes com poder 5 ou 6. Resumindo, não despreze o Anão.
Um 4/4 ímpeto que bate duas vezes antes de ser sacrificado por 3 de mana, não é nada mal mesmo. Agora, se analisarmos um pouco o que essa carta pode enfrentar nesse Standard vemos que pouca coisa vai fazer oposição ao Avernal. Os drop-2 e 3 do formato não são empecilho para um 4/4, mesmo um Rastreador Incansável pode encontrar alguma dificuldade, e Mago Refletor nesse caso não é realmente uma grande saída. Ele é muito bom em aplicar pressão no campo e colocar jogadores e Planeswalkers com o pé atrás e múltiplos dele podem fechar o jogo sem muito auxílio, às vezes. De fato, o mais irritante seria que ele fosse "chump bloqueado" duas vezes e depois sacrificado, mas não é como se não pudéssemos conseguir energia de outros lugares, como Raio Domesticado.
Essa pode não ser uma daquelas cartas que chamam a atenção de todos e que garante sozinha um arquétipo inteiro, mas é inegável seu valor. É muito difícil, muito difícil mesmo, conseguir uma criatura RG (dois de mana, não as cores) com três de poder, e só por isso o Brigão já é, para mim, muito jogável em Limitadoe digno do Construído, mas ele não para por aí. Também utilizando a mecânica de Energia, mas dessa vez sem o sacrifício requerido pelo Avernal, ele se torna um atacante 4/3 com Atropelar. Já sabemos que 4 de poder é o suficiente para causar estrago e o Atropelar faz toda a diferença, pois impossibilita o "chump block". Além disso, lembramos que Energia pode ser obtida em outras cartas. Então, temos uma criatura que seguramente bate duas vezes 4/3 Atropelar e depois continua no campo, batendo ou tripulando, por um investimento de dois de mana e raridade incomum. Eu me surpreendi quando essa carta foi revelada e espero vê-la em decks por aí.
Cóptero do Contrabandista
Sobre Tripular, e para finalizar, está aí mais um ótimo exemplo do uso dessa habilidade com o Cóptero do Contrabandista, uma carta que está entre as mais poderosas do set, sem exagero. Para começar ele é um veículo 3/3 com evasão por 2 de mana e Tripular 1, o que significa que você pode virar qualquer criatura que esteja de bobeira, como um Inspetor de Thraben um Tóptero ou um Rebento Eldrazi (sim, eles ainda existem). Daí, a partir do momento que ele começa a atacar, você começa a ganhar. Simples assim. Isto porque a cada vez que o Cóptero ataca OU bloqueia, você vai poder "lootar", ou seja, comprar uma carta e descartar uma carta. E isso significa ganhar o jogo? Claro que sim. O fato de que você vai poder filtrar sua mão com uma vantagem de cartas absurda, promovendo seu plano de jogo, seja ele qual for, e ainda dar dano de combate é um peso gigante no seu lado da balança.
E também vamos nos lembrar que ele pode sair ileso de remoções para criaturas, já que nem sempre ele mesmo é uma. Que com Sempre Vigilante em campo ele se torna uma máquina de comprar cartas e dar dano, podendo atacar e bloquear livremente, algo que vai intimidar os ataques do oponente. Que ele cabe muito bem no Burn como uma válvula para a Loucura de Temperamento Explosivo, por exemplo. A consistência de vantagem de cartas de dano ao oponente por um custo muito baixo tanto para conjurar quanto para Tripular. É muito poder para ignorar.
Com apenas essas quatro cartinhas um estrago imenso pode ser feito no melhor estilo Aggro e eu estaria ansioso para esmagar a face do meu oponente com elas. Na dúvida, bater é sempre uma opção viável.
E esses são alguns dos meus destaques Aggro de Kaladesh. Quais são os seus? Faltou alguma carta para você? Alguma das que citei é um completo barco furado? É semana 1, o que espera do Standard? Sinta-se livre para usar a nossa seção de comentários. Obrigado pela leitura.
Thiago Metralha
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