Estamos a uma semana do pré-lançamento de Kaladesh, há uma explosão de spoilers sendo divulgados todos os dias com Mecanotitãs, reencontros familiares, planinautas de volta à cena e Invenções. Mas Kaladesh é um set de rotação, sua entrada significa que dois sets deixarão o Standard e muitos já comemoram, ou lamentam, esse fato. Então já que Dragões de Tarkir e Magic Origens estão deixando a cena, o que vai com eles?
Não começaremos com o mais óbvio dessa vez, embora essas não sejam exatamente difíceis de pensar. Os Baby-walkers, Kid-walkers, Flip-walkers, Planinautas de Origens estão indo embora e, dos cinco, a única que não teve seu momento nos holofotes foi Chandra, aparecendo bem de leve nos sideboards de algumas construções Mono Red. O Prodígio de Vryn teve seus altos e baixos enquanto esteve legal com ápice de poder, e de preço, no Jeskai Black, dali foi a melhor carta do formato algumas vezes, perdeu espaço, mas continuou sendo uma ótima carta; Liliana apareceu muito bem no PTBFZ nas listas GB Sacrifício; Kytheon, que começou como o patinho feio do ciclo, acabou achando seu lar em algumas listas de Humanos quando SOI chegou; e Nissa viu jogo em uma variedade incrível de listas Jund e Bant, inclusive no atual melhor deck do formato.
![Dromoka's Command [DTK]](https://cdn1.mtggoldfish.com/images/gf/Dromoka%2527s%2BCommand%2B%255BDTK%255D.jpg)
![Collected Company [DTK]](https://cdn1.mtggoldfish.com/images/gf/Collected%2BCompany%2B%255BDTK%255D.jpg)
As duas cartas que mais foram alvo de reclamações nesse último Standard também estão indo embora. O Comando de Dromoka praticamente impossibilitou que os encantamentos fossem realmente expressivos nesse período e complicou imensamente as fases de batalha, já que apenas dois terrenos desvirados poderiam guardar uma carta que dava espaço para fortalecer um bloqueador e ainda matar uma criatura através da mecânica de lutar.
A carta achou seu verdadeiro lar no Standard de SOI com o GW Tokens, o melhor desse formato, com vitórias consistentes e ótimos resultados, muito disso graças à versatilidade dada pelo Comando. O deck, aliás, perde muito na rotação. Sem o Caminhante Aeródromo, Proteger os Ermos e o Comando extingue-se toda a identidade atual do deck. Logicamente o arquétipo de tokens não vai morrer, mesmo porque a nova mecânica Fabricar é uma boa adição, mas o GW Tokens como conhecemos está oficialmente morto e enterrado (mesmo que já estivesse desaparecido desde o PTEMN).
Já a Companhia Agrupada foi um terror. É uma mágica instantânea que te permite colocar em campo duas criaturas de custo de mana acumulado de até 6. Isso mesmo, 6 de mana, duas criaturas, no turno do oponente. A carta foi tão opressiva, distorceu tanto o formato, que criou um arquétipo exclusivo para ela e, se você iria jogar com criaturas e queria imprimir bons resultados, provavelmente 4 cópias dessa belezura estariam na sua lista.
A carta se firmou mesmo no topo com o lançamento de Lua Arcana, que permitiu ao deck acessar Espírito Altruísta e Supressor de Mágicas, que se juntaram ao Advogado Silvestre e ao Mago Refletor, de Juramento e se tornaram praticamente imbatíveis. O dekc foi um consenso entre jogadores, fossem profissionais ou não.
Outro ciclo importante que vai embora é o ciclo de Painlands inimigas de Origens. Não dá pra dizer que a construção de decks de cores inimigas vai ficar mais difícil, já que em Kaladesh teremos Fastlands inimigas, no entanto, a construção de decks incolores e incolores/coloridos vai sofrer. De fato, com as Painlands o uso e inclusão de cartas como os Eldrazis de Juramento das Sentinelas foi imensamente facilitado, já que não era necessário ter terrenos verdadeiramente incolores. Então, com a saída desse ciclo quem faz uso das cartas incolores terá de procurar outras fontes, provavelmente mais dispendiosas, para obter seus recursos.
![Demonic Pact [ORI]](https://cdn1.mtggoldfish.com/images/gf/Demonic%2BPact%2B%255BORI%255D.jpg)
Também se vai na rotação o deck com o combo mais fofo e arcano de todo o Standard. Oferta Inofensiva + Pacto Demoníaco. Com o Pacto deixando o formato, ficamos sem o que oferecer ao oponente, a não ser que surja algo ainda em Kaladesh ou Revolução de Éter.
Isso tudo vai embora, mas o que ainda temos? Bom, temos todos os arquétipos do bloco de Sombras em Innistrad, que são muitos, muito bons e devem disputar entre si para ver qual será o melhor deck da Semana 1.
A disputa deve ficar entre Delírio, particularmente a construção G/B, que, mesmo que não tenha aparecido no mundial, fez um bom PT e tem interações muito fortes; o Burn, que foi impulsionado pelo Termoalquimista, faz um ótimo uso de Visões Febris, e está indo para um plano onde Chandra é a protagonista; Emergir, em particular os da combinação Temur, que vêm numa crescente, presente em campeonatos importantes, com uma fatia boa do Metagame, e resultados respeitáveis; e Emrakul, a grande mãe sempre deve ser temida e pode vir tanto num ramp mais tradicional quanto num Turbo e se aproveita muito bem do Delírio e de Emergir. Todos esses decks comemoram a rotação da Companhia, já que perdem um oponente bastante difícil de derrotar.
E que cartas se fortalecem com a rotação? Uma resposta óbvia está nos encantamentos, que não têm mais de temer o Comando, especialmente Sempre Vigilante, que disputava espaço nos decks de Humano. Além desse temos Visões Febris, Rito do Criptólito e Campo de Quarentena, que poderão ser usados mais livremente. Para além dos encantamentos, o Rompe-mundos ganha novos alvos para sua ira Eldrazi, os artefatos, que estão presentes em abundância em Kaladesh, então deve ver mais jogo, essa é uma das minhas apostas.
E esses são alguns pensamentos sobre a rotação que se aproxima. Que carta você está comemorando por ir embora? E quais irão fazer falta? Qual deck sai na frente para a Semana 1? Sinta-se livre para usar nossa seção de comentários. Obrigado pela leitura.
Thiago Metralha
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