Hoje está fazendo uma semana do dia de lançamento de mais uma coleção para Magic: the Gathering, mas dessa vez uma coleção suplementar, fora da rotação do Standard, focada no jogo multiplayer e no draft, e não qualquer draft, especificamente o Conspiracy Draft. Conspiracy: Take the Crown chega adicionando centenas de cartas para o jogo, como a Rainha Marchesa, o novo Daretti e a nova planinauta, Kaya, mas não é sobre essas cartas o artigo de hoje. O lançamento também levantou algumas discussões que agitaram a comunidade de jogadores, como preço dos produtos, assim como em todo lançamento, e os reprints do tipo de Inquisição de Kozilek, Berserk e Visões do Soro, com alguns até chamando o set de Conspiracy: Eternal Masters 2, no entanto este artigo também não é sobre esses tópicos.
A coleção tem 221 cartas, que foram feitas no intuito de serem jogadas no Limitado, e, é claro, a maioria delas é comum. No entanto, há sim formatos Construídos em que essas cartas são legais: o Legacy e o Vintage, são formatos Eternos afinal, e o Commander. Há um formato, porém, que ficou de fora dessa lista e seria um dos que receberia um impacto considerável com as cartas presentes em Conspiracy. Um formato para se jogar justamente com as cartas comuns. Este formato é o Pauper. E o motivo pelo qual os sets Conspiracy não são legais em Pauper é simples e fácil de compreender: eles não são lançados na plataforma MTGO. E o que isso tem a ver? Bom, o fato é que o Pauper, embora seja jogado também em papel, é um formato sancionado apenas na plataforma online.
Isso é um problema conhecido para os jogadores de Pauper. Afinal, posso usar ou não Hymn to Tourach e Granada Goblin? E quanto a Édito de Chainer e Guinchado de Guerra, que nunca foram comuns no papel, mas são comuns em Vintage Masters, posso? A resposta vai depender de onde e com quem você está jogando. Alguns seguem a lista de cartas legais para o formato no MTGO, então as respostas seriam não e sim, outros consideram o Pauper um formato Eterno no papel, desconsiderando Vintage Masters, então, sim e não, há aqueles que consideram o Pauper um formato Eterno no papel, incluindo Vintage Masters, então, sim e sim, e outros ainda que usam suas próprias listas de banidas e legais, então, talvez para as duas perguntas.
Essa confusão voltou à tona com o lançamento de Conspiracy: Take the Crown. Não parece estranho, ou até mesmo injusto, que você não possa tirar uma carta de um booster de Conspiracy colocar no seu deck Pauper, um formato que não rotaciona? Parece um contrassenso, não? Não é muito frustrante saber que aquela carta nova, aquela mecânica incrível, que encaixaria no seu deck como uma luva, nunca chegará ao Magic Online, então você não vai poder usar?
E quem perde mais com a não inclusão das cartas de Conspiracy no Pauper, a coleção ou o formato? A meu ver, o formato é claramente o mais prejudicado. Mesmo que seja possível que ser legal em Pauper atraísse mais jogadores a comprar boosters da coleção, em busca de algumas cartas poderosas, fossem reprints ou não, como ocorre em Take the Crown com o Commander e o Legacy/Vintage, o foco de Conspiracy ainda é o Draft e vai continuar sendo o Draft, de forma que os sets Conspiracy têm seu público cativo independente se forem bons ou não pro Construído, a exemplo do que ocorreu com o primeiro Conspiracy. O Pauper, por outro lado, deixa de ganhar muito.
Começando pela talvez melhor mecânica de Take the Crown, tanto em afinidade como em jogabilidade, Monarca. Você se torna o Monarca ao jogar uma carta que possua o efeito de se tornar o Monarca ou ao dar dano de combate ao jogador Monarca. Como benefício imediato, o Monarca compra uma carta no início de sua etapa final, e, além disso, há as cartas que se beneficiam de que você seja o Monarca, ou seja, ser o Monarca é uma boa coisa.
E quem perde mais com a não inclusão das cartas de Conspiracy no Pauper, a coleção ou o formato? A meu ver, o formato é claramente o mais prejudicado. Mesmo que seja possível que ser legal em Pauper atraísse mais jogadores a comprar boosters da coleção, em busca de algumas cartas poderosas, fossem reprints ou não, como ocorre em Take the Crown com o Commander e o Legacy/Vintage, o foco de Conspiracy ainda é o Draft e vai continuar sendo o Draft, de forma que os sets Conspiracy têm seu público cativo independente se forem bons ou não pro Construído, a exemplo do que ocorreu com o primeiro Conspiracy. O Pauper, por outro lado, deixa de ganhar muito.
Começando pela talvez melhor mecânica de Take the Crown, tanto em afinidade como em jogabilidade, Monarca. Você se torna o Monarca ao jogar uma carta que possua o efeito de se tornar o Monarca ou ao dar dano de combate ao jogador Monarca. Como benefício imediato, o Monarca compra uma carta no início de sua etapa final, e, além disso, há as cartas que se beneficiam de que você seja o Monarca, ou seja, ser o Monarca é uma boa coisa.
A habilidade de comprar uma carta extra por turno com certeza não pode ser subestimada, na verdade, é o que muitos decks almejam, afinal, manter o fluxo de mágicas e não perder o fôlego no mid para o late game vai te dar a vitória em vários jogos. O único ponto é que, para conseguir usar essa habilidade o máximo possível, você não pode sofrer dano de combate, você terá de se proteger. Os decks Control certamente estariam numa posição bem agradável com essa mecânica e se encaixam facilmente nesse possível revés. Decks como o temido MBC e um Dimir Control normalmente não têm dificuldade em destruir tudo que é uma ameaça e, com acesso a uma vantagem de cartas tão expressiva, a balança passa a pender bastante para o lado deles. Por isso eu advogaria pela inclusão de Thorn of the Black Rose nesses decks. Talvez não em 4 cópias, já que custa 4 de mana, mas eu começaria os testes com, no mínimo, 3 cópias, isto é, se Conspiracy fosse legal.
Uma outra carta que impressionaria e poderia ser um grande representante de uma das tribos mais tradicionais da história do Magic em qualquer formato é Borderland Explorer. Custa dois de mana, tem três de poder, é um elfo, o que significa alimentar Desejador do Bem e Vanguarda Élfica. O fato de que custa 1G pode ser uma vantagem em relação aos concorrentes, como Companheiro de Garruk e Centauro Mestre da Espada, no entanto, o ponto de resistência a menos pode ser uma desvantagem. Com essas características testar a carta já é mais do que possível, mas Borderland Explorer tem uma habilidade.
Ele te permite descartar uma carta para buscar um terreno básico. Essa é uma vantagem que normalmente não se espera de um drop-2 de poder três, então poderíamos aproveitá-la num deck mais agressivo usando um pacote de Loucura e Delírio simples, mecânicas que estamos bem familiarizados graças ao Standard, para otimizar o descarte. O problema aqui é que o oponente também terá acesso a um terreno e esse revés poderia ser grande demais. Valeria o teste, se Conspiracy fosse legal.
Monstruosidade é uma ótima mecânica de Theros (quem se lembra de Polukrano e Dragão Sopro de Tempestade?), mas que não tem um espaço muito grande nas listas Pauper, talvez por falta de cartas boas mesmo. Isso poderia mudar com Skittering Crustacean e Sinuous Vermin. O primeiro um caranguejo 2/3 por três de mana que ganha hexproof quando monstruoso, o segundo um rato 2/2 por dois de mana que ganha Ameaçar. Ambos possuem monstruosidade (4 e 3, respectivamente) aos custos de 7 e 5 mana respectivamente, custos altos para cartas que não têm impacto imediato. No entanto são criaturas que curvam bem e com status aceitável, e podem finalizar o jogo facilmente quando monstruosos. Além disso são ameaças muito grandes quando se tem acesso a Desenterrar. Eles poderiam entrar e morrer defendendo ou atacando sem problemas, pois logo logo estariam de volta. Novamente o Controle parece ser um lar para essas cartas e novamente nas cascas de um Dimir ou Mono-Black. Uma combinação como essa é boa demais para se deixar de lado sem ao menos testar, mas, infelizmente, Conspiracy não é legal em Pauper.
E essas são apenas 4 cartas do set Conspiracy: Take the Crown. Há um número absurdo de combinações possíveis com as outras, que não serão vistas por esse problema de legalidade. E também há a primeira coleção inteira de Conspiracy, que nem chegamos a comentar. Seria uma adição muito rica a um formato que é divertido e diverso.
O problema está dado. Temos que, agora, pensar nas soluções.
E você, o que acha da lista de legalidade do Pauper? O que achou de Conspiracy: Take the Crown? Há algum ponto que você considera imprescindível nessa discussão? Sinta-se livre para usar nossa seção de comentários. Obrigado pela leitura.
Thiago Metralha
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