sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

O Brasil é Grande

O Brasil é um grande mercado em expansão, no que se diz a respeito de jogos, todos já devem ter ouvido falar disso, e, no quesito Magic: The Gathering, isso não deixa de ser verdade, é claro. Temos uma massa imensa de atuais jogadores e uma ainda maior de jogadors potenciais, cujo objetivo e desafio da Wizards, neste momento, é cativar.

A história completa do Magic no Brasil é difícil de ser remontada, mas é de conhecimento geral que desde a chegada oficial, em 1995, com o lançamento da 4ª Edição, em português, o mercado se mostrou muito receptivo ao jogo e foi se desenvolvendo naturalmente, com lojas, torneios e jogadores despontando neste meio.

Três anos depois receberíamos nosso primeiro grande campeonato oficial, sancionado e organizado pela Wizards, com o apoio dos representantes nacionais, é claro. O GP Rio 1998 foi sediado, obviamente, na cidade do Rio de Janeiro no Museu Histórico Nacional. Jogadores de todo o Brasil e também de países vizinhos viajaram para jogar e apreciar o jogo. Também marcaram presença outros jogadores vindos da Europa, Ásia e EUA.

O campeão do evento foi Jon Finkel, ficamos apenas com o quarto lugar de Carlos Jeucken de Almeida, e, como era de se esperar, os decks brasileiros estavam um pouco atrasados em relação aos dos EUA, mas ficou aqui uma grande experiência no que se diz do Magic profissional.

De lá para cá muito tempo passou, o Magic passou por muitas mudanças e o Brasil também. O mercado se expandiu consideravelmente e continua em expansão e a Wizards vê isso com grande interesse.

Este ano tivemos dois Grand Prix em solo brasileiro, o GP São Paulo e o GP Porto Alegre, que agitaram o Magic por todo país, e para o ano que vem está programado outro GP em São Paulo.

Também podemos destacar a recente CCXP, que ocorreu semana passada, com um estande inteiro dedicado ao Magic e com a presença de personagens da comunidade de Magic brasileira.
O estande do Magic na CCXP.

No cenário competitivo ainda estamos um pouco atrasados, mas também marcamos presença forte e somos bem representados, com 5 membros no Pro Players Club, atualmente, e destaque a Willy Edel, membro Gold do Pro Players Club e da Classe de 2015 do Hall da Fama do Pro Tour, Paulo Vitor Damo da Rosa, membro Platinum do Pro Players, Classe de 2012 do Hall da Fama e Top 8 no PTBFZ, e também ao Thiago Saporito, atualmente membro Platinum do Pro Players, Top 4 do PTKTK e uma das promessas do Brasil para o futuro.
O Trio Brasileiro

Entretanto, se os investimentos derem frutos, e houver uma união entre mercado local para levar mais jogadores ao competitivo, muito em breve veremos mais nomes brasileiros nas coberturas de torneios por todo o mundo.

Então, meu caro, ainda há muito no futuro do Magic no Brasil, muito a melhorar, muito a mudar, mas você pode ter absoluta certeza do que está falando quando dizer para qualquer um: “O Brasil é grande”.

E você tem alguma crítica ou comentário ao Magic no Brasil? À CCXP? À Wizards? À nós? Então não deixe de comentar.


Thiago Metralha

2 comentários:

  1. Texto excelente e muito animador!

    Gostaria de pegar uma frase que você utilizou, e usar como argumento a um dos problemas para o crescimento do Magic no Brasil, que é: "O Brasil é grande".

    Realmente, o Brasil é grande, grande demais, e isso atrapalha principalmente a cena competitiva. Sou de uma cidade pequena, que apesar do pesares, tem um bom núcleo de jogadores de Magic. Porém a loja mais próxima pelo locator fica a 160km daqui, dois amigos que apesar de serem daqui moram em outra cidade, que é longe daqui, também tem a loja mais perto a 180km.

    E com isso fica fácil concluir que ninguém joga competitivamente, os custos de uma viagem, mais da entrada no torneio acabam se tornando bem pouco convidados comparando a premiação (nenhuma critica as premiações, que fique claro, até hoje todas que vi foram excelentes) e o fator de participação constante para se situar no meta e ter uma prática diferenciada.

    E agora, outro fator, conversei já com um par de interessados em abrir lojas do estilo aqui na cidade ou nas proximidades, e então acontece um pequeno detalhe, Magic está muito caro (nos dias de hoje, literalmente 3x mais caro dos que irei citar) para ser competitivo com outros TCGS como Pokémon, Yu-gi-oh e Battle Scenes. De fato a cena dos três não há como competir com a grandeza do Magic, mas quando se abre uma loja do tipo, em uma cidade ainda sem a cultura do ccg, a apresentação do produto Magic é bem pouco convidativa. E aí já da para dar um puxão de orelha na Wizards/Devir, que fica para o próximo parágrafo.

    Recentemente fiquei sabendo dos Sample Decks, que poderiam ser distribuídos de graça para jogadores iniciantes, fazendo assim a introdução superior a qualquer outro Tcg, porém pesquisando e conversando com os lojistas descobri duas coisas: 1- Muito deles estavam sendo vendidos, a preço muito superior a bulk, o que aí da pra dar um peteleco nos lojistas. 2- Era muito complicado o processo de receber os mesmos, e quando recebiam, vinham em uma quantidade ínfima, lojas pequenas praticamente não tinham oportunidade de ofrecer esse produto a seus clientes. Então nesse caso deveria ter uma iniciativa mais pesada por parte da Wizards/Devir para dar mais acesso ao início, e assim facilitar para os lojistas puxarem mais jogadores de Magic e também para os jogadores entrarem com uma barreira financeira muito menor.

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    1. Realmente a realidade de centros menores é algo que não conheço, então, aprecio muito seu comentário. E você está certo, se nós não dermos os puxões de orelha a quem é devido a situação não melhora para nós.

      Thiago Metralha

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