73 países competindo pelo título, mas apenas um pode ser sagrado o Campeão da Copa do Mundo de Magic: the Gathering 2016, levando para casa a premiação de U$48.000 e a exposição que apenas eventos desse porte podem fornecer. Isso foi o que aconteceu semana passada no Magic.
Esse com certeza é o campeonato mais difícil de assistir e entender, mas também é um dos mais divertidos. Para começar é uma competição por equipes, normalmente formadas por 4 jogadores, o jogador com mais Pro Points na temporada 2015-2016 mais os vencedores dos três qualificatórios para a Copa do Mundo de cada país. O Brasil foi representado por Paulo Victor Damo da Rosa, classificado pelos Pro Points, Patrick Fernandes, Alex Rodrigues e Thiago Saporito, classificados pelos torneios classificatórios.
A Equipe Brazil |
Outro ponto que pode gerar uma pequena confusão é o formato principal do evento: Modern Unificado por Equipes. Obviamente, o formato usa o acervo do Modern e, com exceção dos terrenos básicos, decks da mesma equipe não podem usar uma mesma carta. Embora as equipes tenham por padrão 4 jogadores, apenas 3 se enfrentam na mesa, o quarto fica com a função de técnico e pode se comunicar com seus parceiros durante as partidas (a posição de cada jogador é definida antes de cada etapa e não pode ser mudada durante os jogos). Por fim, as equipes se enfrentam num 3x3 e a equipe que vencer mais partidas vence o duelo.
Mesmo com o Modern sendo o principal formato a nova coleção tem que ser mostrada e é assim que a competição começa na Fase 1 do Dia 1 com três rodadas de Selado por Equipes de Kaladesh. Cada equipe tinha a sua diposição 12 boosters de Kaladesh para construir os 3 decks que usariam, mas isso foi tudo o que se viu da coleção no fim de semana.
A Fase 2 do Dia 1 nos trazia o que queríamos ver realmente, Modern jogado nas mesas. O Metagame da competição trouxe o Infect na ponta com 36 jogadores (16,5% dos jogadores). O único outro deck a ficar acima dos 10% foi a sensação mais recente do Modern, o Dredge, com 14,2% (31 jogadores). Seguindo para fechar os cinco decks mais jogados tivemos Affinity com 8,7% (19 jogadores), Abzan, 7,8% (17 jogadores), e RG Valakut, 7,3% (16 jogadores). As equipes se enfrentaram em 4 rodadas, sendo que apenas as 48 melhores se classificavam para o Dia 2. O Brasil se despediu da competição nesta mesma fase.
O Dia 2 começa com a Fase 1, que tinha duas etapas. Na primeira, rodada 1, as Top 16 equipes do Dia 1 tem bye e as restantes se enfrentam em chaves de eliminação-única (perdeu está fora). Na segunda fase, rodadas 2 a 4, as sobreviventes mais o Top 16 disputavam em eliminação-dupla (perdeu duas está fora) e finalmente estavam prontas para a Fase 2, de 3 rodadas. Na Fase 2 as equipes foram separadas em grupos de 4 equipes e também disputaram as vagas no Top 8 da competição por um sistema de eliminação-dupla.
Antes de chegar ao Top 8 vamos dar uma olhada no Metagame das Top 16 equipes do torneio. Havia infinitas configurações de decks para cada equipe escolher, mas a maioria caiu num mesmo padrão que foi o seguinte: o primeiro era um deck com Nexo de Mosco-tintas (sim, esse é o nome da Inkmoth em PT-BR), que seria Affinity ou Infect; o segundo um deck com Solo Pisoteado ou Raio, como o Naya Burn ou o Dredge é; e o terceiro, mais variável, acabava caindo com Bant Eldrazi ou Abzan. Mas qual a melhor configuração? As mais populares foram Infect/Dredge/Abzan e Infect/Dredge/Lantern Control, sendo que a versão com Lantern Control teve recorde de 44% de vitórias e a com Abzan 57%. E esse é exatamente o gancho que precisamos para voltar ao Top 8.
O Top 8 Copa do Mundo de Magic: the Gathering 2016 foi finalmente conhecido ao final do Dia 2, parabéns merecidos às equipes que conseguiram a classificação e foram recompensadas com o convite para disputarem o PT Revolução de Éter! A configuração ficou, em ordem de classificação, com to Bélgica, Finlândia, Grécia, Austrália, Itália, Ucrânia, Belarus, e Panamá.
A Grécia estava usando aquela configuração que falamos antes, Infect/Dredge/Abzan, e mostrou que, pelo menos no domingo, aquela era sim a melhor configuração do formato, ganhando de 2-0 de suas adversárias Ucrânia e Belarus em seu caminho para a final. O mesmo fez a Bélgica contra Panamá e Itália usando a configuração Infect/Naya Burn/Goryo's Vengeance. Na final as duas equipes se enfrentaram e os gregos se saíram melhor, sagrando-se Campeõs da Copa do Mundo por um placar de 2-0.
A vitória, as taças e as premiações acabaram nas mãos dos gregos! |
E isso totaliza a Copa do Mundo de Magic 2016, com a Grécia, que sempre foi uma grande equipe nas Copas do Mundo, na posição mais alta. O que você achou do evento? Do Modern Unificado por Equipes? Da Equipe Brasil, que finalizou a competição e 52°? Sinta-se livre para usar nossa seção de comentários. Obrigado pela leitura.
Não mais Thiago Metralha, agora Thiago Santos.