O spoiler completo de Commander 2016, a nossa próxima coleção de Commander, que dessa vez contará com comandantes de 4 cores, já está disponível e estamos há uma semana apenas do lançamento. Embora seja conhecida por seus muitos reprints, alguns já de praxe como o Anel Solar (pela primeira vez sendo lançado em português), outros mais notáveis, como o Lodo Necrófago, nos interessamos mesmo é por novidade e a coleção traz muitas novas cartas para o acervo Eterno, sendo válidas no Commander, Legacy ou Vintage.
Numa primeira olhada uma mecânica que me chamou atenção imediatamente foi Inabalável. No early game, quando se tem menos mana disponível e todo mundo ainda está vivo, ela custa menos para ser conjurada e normalmente tem um grande impacto no jogo. No late game ela custa mais para ser conjurada, mas é esperado que você já tenha pilhas de terrenos, não sendo isso um grande problema, e mantém seu valor, já que provavelmente você estará lidando com ameaças muito maiores neste estágio. Essa variação no custo ao longo do jogo foi muito bem desenvolvida e pode até mudar sua forma de jogar, mantendo todo mundo vivo pelo máximo de tempo, por exemplo.
Além disso, a mecânica em si é um passo e uma conquista grande e muito bem recebida para o Desenvolvimento e Design. É uma forma perfeita de introduzir cartas que são fortes e expressivas no multiplayer sem criar problemas em níveis de poder para o Legacy, Vintage, etc. As cartas com Inabalável são praticamente injogáveis no Construído, mas será que precisamos de outra destruição global nestes formatos? Se for só para destruir, não realmente, já estamos bem servidos.
Há outros exemplos de cartas que se comportam dessa maneira (muito ruins no Construído, mas boas no multiplayer) na coleção. Uma outra que eu destaco é Entretenimento Cruel. Controlar o turno do oponente é algo muito legal, mas a confusão de fazer dois oponentes controlarem um ao outro é irresistível. Além disso, no 1x1 você acabaria dando seu turno para o oponente, o que não é exatamente ideal.
Mas continuar falando de cartas que são boas no Commander é muito óbvio numa coleção de Commander, então vamos ver o que há de bom para quem joga os formatos Eternos. Bom, o nível de poder destes formatos é imenso, afinal o acervo contém quase tudo já lançado, de forma que impactar o formato, até um deck, não é exatamente fácil. No entanto há sim algumas cartas que podem valer pelo menos uma observação.
O Legacy é um formato lotado de equipamentos valiosos e todos conhecem os Místicos Litoforjadores que estão aí para se aproveitar disso. Além dessa óbvia utilização, há muitos outros decks que colocam equipamentos em suas listas, como faz o próprio Eldrazi Aggro, que emprega o Jitte de Umezawa. Então, já que equipamentos são tão legais o que você poderia fazer melhor do que roubálos do oponente em velocidade instantânea? É exatamente isso que Garras da Phyresis te propõe a fazer. Roubar cartas no Magic sempre foi um modo de ganhar tempo e vantagem em cartas e não é diferente quando o alvo é um equipamento. Esse efeito pode tanto salvar sua vida de um ataque letal como ganhar o jogo para você (num ataque letal seu). Obviamente você não deve colocá-la no seu maindeck, mas, ao enfrentar um Metagame recheado de equipamentos, ocupar com ela alguns espaços de seu sideboard pode fazer a diferença.
No entanto, há um equipamento que, no mínimo, acaba com o perigo de ser roubado no seu turno e este é o Mangual do Conquistador. Além de fortalecer a criatura equipada ele vai te proteger de um imenso número de ameaças que vão desde as Garras, passando pelas remoções, pelas anulações e chegando a combos instantâneos. O impacto de não deixar o oponente jogar no seu turno é muito óbvio e a carta obtém valor máximo em decks multicoloridos e com criaturas híbridas, como o Xamã do Ritual Mortífero. Imaginar um 4C Stoneforge figurando o Mangual não é um absurdo.
Finalizando, uma nova carta da coleção que continua um dos meus ciclos favoritos em todo o Magic é o Magus da Vontade. Esse Magus vem com o efeito da Determinação de Yawgmoth, que é banida no Legacy e restrita no Vintage, e, no total, custa o dobro de mana e fica atrasado em um turno. Mesmo assim o efeito é bom demais para simplesmente desprezar, além do fato de que ser uma criatura pode ser na verdade uma vantagem para o Magus, que pode ser tutorado desta forma. Adicionalmente, uma combinação com Cova Rasa e mana abundante, o que não é difícil de obter, nos dá a tranquilidade de não nos preocuparnos se o Magus morrer. De fato, esta pode ser uma grande adição para os decks que jogam com o cemitério.
E esses são os destaques que eu dou às cartas novas de Commander 2016 que, além de cumprirem seu papel no Commander, têm valores outros para o jogo. Nenhuma palavra sobre os comandantes Parceiros? Nenhuma.
O que você achou dessa nova coleção? Vai comprar algum dos decks? Qual o melhor dos novos comandantes? E o melhor reprint? Sinta-se livre para usar nossa seção de comentários. Obrigado pela leitura.
Thiago Metralha
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